Estabelecer um relacionamento sólido e íntimo com Deus
Cultivar uma vida cristã autêntica cujo testemunho cristão que é percebido em casa, no trabalho e na comunidade
Trabalhar em conjunto com outros cristãos com o objetivo de crescer no conhecimento e amor de Jesus Cristo

Pastor Paul Chan
O Pr. Chan, um Contador Certificado no Reino Unido e Canadá, trabalhou como contador e diretor executivo no âmbito comercial por cerca de 21 anos antes de ser chamado pelo Senhor em 1991 para ser ministro evangélico de tempo integral. Depois disso ele completou seus estudos teológicos, primeiro no Regent College (M. Div.) e depois no Eastern Baptist Seminary (D. Min.). Mais tarde ele teve a oportunidade de servir na Primeira Igreja Batista e na Igreja Lord's Grace em Vancouver antes de assumir o posto de Secretário-Geral na CCM USA. Após sua aposentadoria, ele assumiu funções pastorais interinas nas igrejas Grace Chinese Alliance Church (Concord, Califórnia) e Richmond Chinese MB Church (Richmond, BC). Durante 30 anos, sua experiência anterior em gestão e negócios lhe deu o privilégio de caminhar ao lado de homens e mulheres cristãos no mundo empresarial que visavam crescimento espiritual e relevância no local de trabalho. Essa experiência o levou a desenvolver para esses cristãos o programa de Discipulado Total Growth, um estudo de 31 semanas cujo objetivo é promover um crescimento pessoal a longo prazo. Ele também desenvolveu um Guia Devocional de Cinco Anos (disponível em inglês e chinês no site de Total Growth), um programa de estudo indutivo que percorre quase toda a Bíblia. Ele tem um casamento feliz, com dois filhos e quatro netos, e reside na Califórnia e na Colúmbia Britânica.
Estudios Bíblicos
Mateus
Semana 5 Dia 6
13:1-9, 17–23
- As palavras "naquele mesmo dia" significam algo para você?
Embora a fama de Jesus tivesse crescido junto com o tamanho das multidões, parece que Jesus falava com os ouvintes principalmente por parábolas. Mateus escolheu incluir algumas delas nesta passagem. A primeira trata do destino de algumas sementes que são semeadas num campo. Os vv. 1-9 contém a narração da parábola, enquanto os vv. 17-23 apresentam a explicação. É importante notar que para entender uma parábola, é preciso prestar atenção à ideia central que ela procura ensinar, e não nos pequenos detalhes, salvo quando Jesus mesmo os esclarece.
- Em que aspectos o semeador e a ação de semear as sementes representam viva e apropriadamente a ação de compartilhar o evangelho?
- Você consegue relacionar o rendimento das quatro sementes com pessoas ou eventos que você já tem observado (ou que você já percebeu em sua própria vida)?
- Algumas sementes caíram à beira do caminho: estas foram arrancadas por Satanás.
- Como Satanás conseguiu fazer isso no coração do ouvinte?
- O que o semeador pode fazer?
- O que a "semente" pode fazer?
- Algumas sementes caíram em terreno pedregoso: estas foram secadas por tribulações ou perseguições.
- Uma vez que as aflições e perseguições ocorrem "por causa da palavra", você deve encorajar o ouvinte a esconder a sua fé a fim de evitá-las?
- O que o semeador pode fazer?
- O que a "semente" pode fazer?
- Algumas sementes caíram entre espinhos:
- Que fatores podem sufocar a semente? O que mais pode impedir o crescimento da fé de uma pessoa?
- O que o semeador pode fazer?
- O que a "semente" pode fazer?
- Algumas sementes caíram em boa terra: aqui houve aceitação e multiplicação.
- Como a terra pode ser boa?
- O semeador pode fazer alguma coisa para garantir que a terra do ouvinte seja boa?
- Algumas sementes caíram à beira do caminho: estas foram arrancadas por Satanás.
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
No Seu próprio tempo
Quando tentamos compartilhar o evangelho com os nossos amigos e parentes, especialmente aqueles que amamos profundamente, às vezes ficamos frustrados com a sua falta de interesse nas coisas espirituais. Em segredo, até nos perguntamos se realmente é possível que algum dia creiam em Cristo.
Quando lemos a parábola de Jesus sobre o semeador, reconhecemos imediatamente aquelas sementes que ficaram à beira do caminho e caíram em terra pedregosa. Sabemos muito bem quem são aqueles que parecem responder favoravelmente ao evangelho, só para depois abandonarem a fé devido às suas atividades, sua relutância em abandonar o seu estilo de vida ou as objeções de sua família.
Também me lembro do longo caminho que meus pais também tiveram que percorrer antes de virem a Cristo. Embora eu considerasse minha mãe uma pessoa muito boa e soubesse que às vezes frequentava a igreja, temia que ela realmente não conhecesse a salvação. Foi por isso que quando eu realmente cri em Cristo na minha adolescência, fiquei preocupado com a sua salvação; certo dia, reuni coragem suficiente para falar com ela sobre a sua necessidade de aceitar a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal. Não funcionou muito bem; ela basicamente não respondeu a nada do que eu lhe expliquei (provavelmente porque a minha explicação não foi muito boa). Mas eu não parei de orar por ela e sabia que os meus outros irmãos que já tinham nascido de novo também orariam por ela.
Foi só depois de quase 20 anos, quando ela veio morar conosco em Vancouver, que a minha mãe começou a frequentar a igreja regularmente. Durante esse tempo eu pude ver seu apetite pelas coisas espirituais crescer de forma exponencial. Ela até mesmo conseguiu recitar os Salmos 22-24 de memória na frente de uma grande congregação que estava reunida na Igreja.
Embora a conversão da minha mãe não tenha sido muito surpreendente, a do meu pai foi bastante surpreendente. Ele não tivera um bom relacionamento com a maioria de nós, e devido à imagem que ele gostava de projetar de um homem macho que nunca sorria, nenhum de nós teve a coragem de falar com ele sobre o evangelho. A única coisa que fazíamos era orar por ele. Eu também orei por ele por muitos anos, e um dia Deus respondeu às nossas orações. O pastor de um de meus irmãos cresceu numa pequena cidade onde meu pai havia sido destacado para trabalhar (acho que isso foi durante a guerra); assim, ele teve uma oportunidade que ninguém mais teve de estabelecer um relacionamento com meu pai, e, com o tempo, o guiou a Cristo, pouco antes de meu pai falecer. Nunca esquecerei aquele momento no funeral de meu pai: o pastor estava guiando a nossa família em oração antes de sairmos para o corredor principal. Naquele momento, enquanto eu estava de pé com os olhos fechados, senti uma luz; embora eu sabia que vinha das luzes do teto, brilhava como se viesse do mesmo céu, e meu coração sentiu um calor estranho, junto com a certeza interior de que meu pai já tinha sido recebido no céu, apesar de quão difícil era acreditar.
Sempre me pergunto o que nós, os que compartilhamos o evangelho, podemos fazer para melhorar a terra dos nossos ouvintes. A resposta imediata é que não podemos fazer nada, só Deus pode; no entanto, creio que, por meio da nossa intercessão constante, Deus fará com que as circunstâncias que acontecerem na vida dos nossos entes queridos sirvam para amolecer os seus corações para que a semente do evangelho finalmente dê frutos. Não importa quanto tempo dure o processo. Ele de fato faz tudo formoso em Seu tempo.
Semana 5 Dia 7
13:10-16
- Conforme usadas no Novo Testamento, as palavras "segredo" e "mistério" se referem ao plano de salvação de Deus, o qual no passado estava escondido, mas agora com a vinda de Jesus foi revelado. À luz disso, por que Jesus usou parábolas em muitos de Seus ensinamentos públicos?
- Jesus estava contrastando os discípulos com a multidão (os judeus); além disso, em Marcos 4:11, Jesus usou a expressão "os que estão de fora" para se referir a estes últimos.
- O que Ele quis dizer com a expressão "os que estão de fora" (estão fora de quê)?
- O que foi aquilo que aqueles que estavam "de dentro" (quer dizer, os discípulos) já tinham, do qual eles receberiam ainda mais (receberiam mais de quê)?
- O que foi aquilo que a multidão de judeus já tinha, o qual seria tirado deles?
- O que foi aquilo que a multidão ouviu sem conseguir entendê-lo? O que foi aquilo que a multidão viu sem conseguir percebê-lo?
- De acordo com o versículo 15, de quem foi a culpa?
- No entanto, também de acordo com o versículo 15, o que teria acontecido se eles tivessem decidido se converter?
- Certa vez, Tom Rees fez o seguinte comentário: "O mesmo sol que endurece a argila derrete a cera". Como esse comentário pode ajudá-lo a entender a citação de Isaías 6:9-10 no v. 15?
- Por que Jesus chamou os discípulos de bem-aventurados? E, quanto a nós hoje, somos menos ou mais abençoados do que eles? Por quê?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Quão grande é a amarga vergonha e dor
Hoje, eu os convido a meditar sobre a letra deste antigo hino que tem tocado a vida de muitos, inclusive a minha.
Por Theodore Monod, 1836-1921
(Consulte a versão bilíngue desta lição.)
Semana 6 Dia 1
13:24-30; 36–43
Hoje continuaremos a nossa reflexão sobre as parábolas de Jesus sobre o Reino dos Céus. Já lemos a parábola sobre os resultados mistos; Hoje refletiremos sobre a parábola da existência mista. Por favor, leia a parábola, junto com sua explicação.
- Deus é capaz de impedir que o maligno semeie joio entre o trigo? Por que Deus não impede isso?
- Uma vez que Deus nunca dorme (Salmos 121:3-4), quem seriam aqueles que estão dormindo?
- Por que os servos iriam querer arrancar o joio?
- O texto nos dá duas razões pelas quais o joio não deve ser arrancado imediatamente. Quais são essas razões?
- De acordo com os v. 41, o joio representa quem?
- Qual dessas duas razões lhe dá paciência para lidar com eles?
- Haveria outros motivos que também o ajudam a ser paciente?
- O que significa "tirar"? Isso é inconsistente com a disciplina eclesiástica? (Aliás, qual é o objetivo da disciplina eclesiástica?)
- Leia os versículos Joel 3:13 e Apocalipse 14:19, os quais tratam do tempo da colheita; Em seguida, leia também Mateus 8:12, 22:13, 24:51, 25:30 e Lucas 13:28. O que essas passagens lhe ensinam sobre sua atitude em relação ao "joio"?
- Reflita no versículo 43, e também em Daniel 12:3. O propósito dessas passagens é nos dar uma grande promessa e nos encorajar. É isso o que fazem para você? Por que ou por que não?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
O Jesus dos Mórmons
Em nome da civilidade e com o pretexto de construir pontes com os mórmons, cada vez mais estudiosos e líderes evangélicos estão tentando suavizar os tradicionais ataques apologéticos intransigentes contra o mormonismo. Certo estudioso cristão até dá a impressão de que o mormonismo é um movimento que é "obcecado" por Jesus Cristo.
Não obstante a maneira em que a Igreja Mórmon moderna busca suavizar suas crenças, ao mesmo tempo que os evangélicos generosos buscam construir uma ponte entre o Cristianismo e o Mormonismo, o conceito que os Mórmons têm de Jesus vai totalmente em contra das nossas crenças bíblicas. A seguinte citação do CARM (Christian Apologetics and Research Ministry) é suficiente para salientar estas diferenças essenciais:
"O Mormonismo ensina que Jesus é uma criação, o produto das relações entre Deus e sua esposa deusa, os quais no passado eram pessoas de outro mundo (McConkie, Bruce, Mormon Doctrine, p. 192, 321, 516, 589). Jesus é literalmente o irmão espiritual do diabo, e de você e eu (McConkie, p. 192, 589). A teologia mórmon também ensina que Deus tem um corpo de carne e sangue (Doctrine & Covenants 130:22), assim como a sua esposa, e que juntos eles produzem descendentes espirituais no céu que passam a morar em corpos humanos na terra."
Você pode visitar o site do CARM para obter uma tabela útil que compara o Jesus Mórmon com o Jesus Bíblico.
Além disso, para entender o que os mórmons querem dizer quando afirmam que crêem na salvação por meio de Jesus Cristo, é necessário ler suas Regras de Fé. Um desses artigos diz o seguinte:
"Acreditamos que, por meio da Expiação de Cristo, toda a humanidade pode ser salva por meio da obediência às leis e ordenanças do Evangelho."
Eles claramente não acreditam na salvação pela fé somente em Jesus Cristo, sem mencionar que o Jesus Cristo em quem eles acreditam é um Salvador muito diferente do nosso.
Certamente amamos os mórmons da mesma forma que amamos todos os outros pecadores no mundo, e devemos orar por sua salvação. No entanto, não fazemos nenhum favor a eles, nem a nós mesmos, quando enganamos a nós mesmos, persuadindo-nos de que eles realmente acreditam em Jesus Cristo.
Semana 6 Dia 2
13:31-35
Estas duas parábolas ensinam sobre crescimento. Compare-os para ver suas semelhanças, e tente entender quais são os aspectos do crescimento do Reino que Jesus deseja que aprendamos:
- O tamanho do grão de mostarda e do fermento: por que Jesus escolheu cada um desses objetos para descrever o Reino?
- Quais são as ideias transmitidas pela noção de "pequenez"? Identifique pelo menos cinco delas. O que isso tem a ver conosco, a igreja atual?
- O tamanho da árvore e da massa: por que Jesus escolheu cada um desses objetos para descrever o Reino?
- Quais são as ideias transmitidas pela noção de "grandeza"? Identifique pelo menos cinco delas. O que isso ensina sobre o Reino de Deus?
- Que palavras que transmitem a ideia de "tempo" são usadas em cada uma das parábolas? O que isso lhe ensina sobre o Reino de Deus?
- Depois de refletir sobre as semelhanças destas parábolas, você consegue pensar em alguma diferença entre eles que significa algo para você, e também lhe ensina algo sobre o Reino?
- Embora Jesus estivesse falando principalmente em parábolas, é óbvio que Ele queria que Suas palavras fossem compreendidas. No entanto, Ele só as explicava mais detalhadamente quando estava sozinho com Seus discípulos. Portanto, que impacto essas parábolas provavelmente tiveram na multidão de ouvintes?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Um grão de mostarda
Adoro ler biografias sobre puritanos e adoro ler histórias sobre missionários. Uma dessas biografias, a história de David Brainerd, me tem tocado ao longo dos anos.
Este missionário teve um ministério muito curto: David Brainerd se dedicou ao ministério de alcançar os índios de Nova Jersey quando tinha somente 27 anos e morreu de tuberculose aos 29 anos. Deus o usou nesse ministério específico por um tempo muito curto, e como um grão de mostarda, ele deu sua vida por seu chamado, deixando poucos resultados no momento de sua morte (somente alguns conversos).
Ele teve um ministério difícil: embora tenha recebido sua educação em Yale, ele foi expulso devido ao seu zelo evangelístico (apesar de Yale mais tarde ter dedicado uma sala com o seu nome). Embora fosse tentado a pastorear igrejas, ele permaneceu fiel à sua vocação e paixão, dedicando sua vida a alcançar os índios, algo que poucas pessoas estavam dispostas a fazer.
Seu ministério era caracterizado pela oração: algo que talvez o diferenciasse de outros missionários e puritanos era sua vida de oração. Ninguém deve perder a oportunidade de ler seu diário, o qual foi publicado por Jonathan Edwards. Nele podemos ver claramente que David era um homem de intensa oração. Fico comovido ao me lembrar de sua vida de oração cada vez que leio um de seus diários. Talvez a leitura de um trecho de seu diário o ajude a entender por que ele me comove tanto:
"3 de novembro. Hoje passei o dia jejuando e orando em segredo, da manhã até à noite. Cedo de manhã, recebi ajuda na oração. Em seguida, li a história do profeta Elias. Minha alma se comoveu ao observar a fé, o zelo e o poder daquele homem santo e ver como ele lutou com Deus em oração. Então eu gritei com Eliseu: 'Onde está o Senhor Deus de Elias?' Eu ansiava por ter mais fé! Minha alma suspirou por Deus e Lhe implorou que uma porção dobrada daquele mesmo espírito que foi dado a Elias repousasse sobre mim; então percebi que Deus é o mesmo Deus que era nos dias de Elias. Fui capacitado a lutar com Deus por meio da oração, de uma forma mais amorosa, humilde e perseverante que o que eu havia experimentado por muitos meses. Nada parecia difícil demais para Deus; não havia nada tão grande que eu não o pudesse esperar dEle. Havia muitos meses eu tinha perdido qualquer esperança de realizar algum serviço especial para Deus no mundo; parecia impossível que alguém tão vil como eu pudesse ser usado assim para Deus. Mas naquele momento Deus se agradou em reacender essa esperança. Então eu li o terceiro capítulo de Êxodo e depois o vigésimo, e pude perceber mais da glória e majestade de Deus revelada nesses capítulos do que jamais tinha visto antes; durante esse tempo, muitas vezes caí de joelhos e clamei a Deus, pedindo que me desse a fé de Moisés e uma manifestação da glória divina. Minha alma ardia em oração e fui capacitado para lutar por mim mesmo, pelos meus amigos e pela igreja. Senti um desejo mais profundo de ver o poder de Deus na conversão de almas do que há muito tempo. Bendito seja Deus por esse tempo de jejum e oração. Que a Sua bondade permaneça sempre comigo e atraia a minha alma para Ele."
Ele teve um ministério impressionante: por mais curto que tenha sido sua vida, seu tempo de ministério foi ainda mais curto, e naquele instante o seu ministério parecia não ter produzido muitos frutos; no entanto, sua vida, conforme foi contada em seus diários publicados, teve um grande impacto em inúmeros cristãos, pastores e missionários. Certamente, ele tem se tornado uma árvore em cujos galhos muitos pássaros fazem os seus ninhos. (Mateus 13:32)
Semana 6 Dia 3
13:44-52
- A parábola do tesouro:
- Por que o Reino é comparado com aquilo que está "escondido"?
- Por que é comparado com um "tesouro"? Com o que você o compararia?
- Quão especial é o homem da parábola?
- Ponha-se no lugar do homem desta parábola. Você teria vendido "tudo" para comprar o campo? (Em que condições você faria isso?)
- Como esta parábola relaciona o Reino de Deus com você?
- A pérola:
- Por que este comerciante é tão especial?
- Se você estivesse no lugar dele, em que condições venderia "tudo" para comprar a pérola?
- Como esta parábola relaciona o Reino de Deus com você?
- Que aspectos das parábolas acima descrevem com precisão a sua conversão? Que aspectos não a descrevem com precisão?
- A rede mista: Compare esta parábola com as parábolas anteriores sobre os resultados mistos (vv. 1-9) e a colheita mista (vv. 24-30).
- Qual é uma possível diferença de ênfase nesta parábola?
- Qual é uma possível semelhança de ênfase entre estas parábolas?
- A palavra "escribas" no versículo 52 agora se refere aos discípulos que já foram capacitados e já compreendem o Reino (Lenski, Mateus, 550):
- O que eles têm agora?
- A que Jesus se refere quando menciona a coisas novas e velhas?
- Você está se esforçando hoje para ser um especialista ou dono das palavras de Deus?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Jesus é melhor
"Jesus é melhor" é uma canção escrita por Rhea F. Miller cuja melodia foi composta por George Beverly Shea. Este poema, escrito em 1922, foi deixado num piano na casa da família Shea por Bev Shea com a intenção de que fosse encontrado pelo seu filho e que mudasse o rumo de sua vida.
As palavras "Jesus é melhor" comoveram George profundamente e o fizeram refletir sobre quais eram os seus próprios objetivos e ambições na vida. Ele se sentou ao piano e começou a cantar as palavras com uma melodia que parecia combinar bem com elas. A mãe de Shea a ouviu e pediu que ele a cantasse no dia seguinte na igreja.
O rumo da vida de George mudou. Embora tenha recebido a oferta de uma carreira como músico popular na NBC, alguns anos depois ele escolheu se unir ao evangelista Billy Graham, com quem ele cantou esse hino por todo o mundo. Eu o convido a meditar sobre estas palavras significativas e refletir sobre quem é Jesus para você:
Coro
Pode ser um rei com poder nas mãos,
Mas do mal escravo, sim.
Mil vezes prefiro o meu Jesus,
E servi-lo até o fim.
- Jesus é melhor, sim, que ouro e bens.
Jesus é melhor do que tudo que tens;
Melhor que riquezas e posições;
Melhor muito mais do que milhões - Jesus é melhor que qualquer valor;
Amigo leal, no prazer e na dor;
Melhor do que tudo, Ele é pra mim,
Melhor que qualquer amigo, enfim. - Jesus é mais puro que a linda flor;
Jesus é o Sol da Justiça e do amor;
Jesus é a fonte que satisfaz,
Caminho do bem, verdade e paz.
Semana 6 Dia 4
13:53-58
- Quais foram as perguntas incríveis que as pessoas estavam fazendo sobre Jesus? O que eles estavam admitindo sobre Ele ao fazerem essas perguntas?
- Quais foram as outras perguntas que eles também estavam fazendo sobre Jesus, estas com um ar de ceticismo? Como estas últimas parecem contradizer o que eles já tinham admitido sobre Jesus, tanto que "ficavam escandalizados por causa dele"? Com o que eles estavam mais preocupados?
- Leia o comentário de Jesus no v. 57. Seu comentário era verdadeiro? Poderíamos dizer o mesmo hoje sobre um servo de Deus que serve na igreja onde foi criado? Qual deve ser a coisa mais importante para uma igreja, quando se trata de seus professores ou líderes?
- Qual foi o efeito desse escândalo (e falta de fé) no ministério de Jesus entre eles?
- O que esse relato pode nos ensinar sobre a condição da nossa comunidade de fé atualmente?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Um profeta sem honra
Apesar de que as igrejas que crêem na Bíblia tentam basear suas decisões em princípios bíblicos, há pelo menos uma área em que simplesmente não os aplicamos, e o fazemos de forma descarada. Refiro-me a como as igrejas chamam um novo pastor.
Sabemos muito bem que o caráter do servo de Deus é muito mais importante do que seus dons, seu carisma e sua educação; no entanto, a maioria, senão todas, as igrejas se baseia principalmente nesses critérios externos ao chamar um pastor. Qual é o problema das nossas igrejas? É uma falta de fé? Uma falta de coragem? Uma falta de sensibilidade e obediência ao Espírito Santo? Ou simplesmente não estamos dispostos a abandonar a nossa mentalidade secular?
Visitei uma igreja em Nova York que, de forma milagrosa, conseguiu comprar uma escola abandonada para o uso de sua igreja. Digo que foi de forma milagrosa porque a oferta que apresentaram às autoridades foi inteiramente pela fé, e não com base no dinheiro, o qual eles não tinham.
Mas a coisa mais milagrosa que esta igreja tem feito até agora é a forma que eles chamaram o pastor titular. Quando o ex-pastor principal se aposentou, eles começaram o processo de buscar um substituto. Como fazem todas as boas igrejas, eles o fizeram com muita oração. Mas suas orações eram bem diferentes, uma vez que eles oravam com um espírito obediente. Tão grande foi sua obediência ao Espírito Santo que eles O obedeceram quando os guiou a nomear, não um pastor que tinha doutorado, nem um pastor experiente, nem um pastor com grandes habilidades para a pregação, mas o zelador da igreja, que tinha demonstrado um caráter de amor, tanto pelos homens como por Deus.
Para resumir uma longa história, disseram-me que, como resultado dessa decisão, metade da congregação deixou a igreja; apesar disso, a igreja prosperou e cresceu fortemente, com um ministério de discipulado exemplar que buscava alcançar até mesmo as pessoas sem-teto.
Eu gostaria que mais igrejas vivessem honestamente sua afirmação de serem igrejas que crêem na Bíblia.
Semana 6 Dia 5
14:1-14
"Raramente na história tem havido uma série de complicações conjugais como as que havia na família Herodes. Ao (seduzir e) se casar com Herodias, a esposa de seu irmão, Herodes violou a lei judaica (Levítico 18:16; 20:21) e ultrajou as leis da decência e da moralidade." (Barclay, 150)
Em essência, Herodes era um governador, embora César tivesse concedido o título de rei a seu pai, Herodes, o Grande, o mesmo que matou os meninos de Belém em Mateus 2.
- Marcos 6:14-16 nos dá um pouco mais de informação sobre as diversas opiniões que havia sobre quem era Jesus. O que você pode descobrir sobre a lógica e as razões que estavam por trás de cada uma destas especulações?
- Era Elias (vide Mal. 4:5)
- Era como um dos profetas antigos (naquela época os judeus não tinham visto um profeta há mais de 300 anos)
- Era João Batista (a especulação de Herodes)
- A missão de João tinha sido preparar o caminho para o Messias (Is 40:3 e ss.), mas sua missão parecia ter sido interrompida quando ele decidiu confrontar uma rainha gentia, a malvada Herodias. Esse confronto valeu a pena? O que você acha?
- Marcos nos dá uma descrição ligeiramente diferente de Herodes em Mc. 6:20. Leia os dois relatos (o de Marcos e o de Mateus); em seguida, faça uma avaliação da pessoa de Herodes, com relação às suas características louváveis e suas fraquezas. Qual foi o veredicto de Jesus (vide Lucas 13:32 e também 23:8-12)? Qual é a lição que se pode aprender da vida de Herodes? (Este mesmo Herodes acabou sendo enviado por César ao exílio na Gália.)
- Qual foi a reação de Jesus ao ouvir as notícias sobre a morte de João? Por que Ele reagiu assim?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Um tempo a sós
Mateus 14:13 diz que quando Jesus soube da execução de João, Ele "retirou-se de barco, em particular, para um lugar deserto" (NVI-PT). Fico chocado com as palavras que ele usou: retirar-se, de barco, em particular, para um lugar deserto. Juntos, eles servem para destacar as seguintes nuances:
- Uma interrupção abrupta da rotina (retirar-se)
- A determinação de estar longe da multidão (de barco)
- Deixar atrás até mesmo Seus companheiros mais chegados (em particular, sem Seus amados discípulos)
- Um tempo a sós com o Pai (um lugar deserto)
Embora eu não tenha ideia de como Jesus teria lidado na presença do Pai com a morte de João, sem dúvida foi um momento de dor, do aparente triunfo do mal, do encerramento de uma era importante (a missão de João para preparar o Seu caminho, uma vez que ele já tinha servido o Seu propósito no Reino) e da lembrança de Sua própria morte. Como era seu costume, Jesus sentiu a necessidade de lidar com isso diante do Pai.
Sem dúvida, muitas vezes devemos imitar o hábito de Jesus de passar tempo a sós em oração com o Pai (Marcos 1:35; Lucas 5:16; 6:12, etc.). Especialmente quando nos deparamos com algum acontecimento importante em nossa vida, precisamos levá-lo diante do Senhor para que possamos entender o que significa, ter certeza de que nossa atitude e resposta são corretas e buscar a Sua vontade.
Se para Jesus foi necessário parar o que estava fazendo, esforçar-se para deixar as multidões e Seu entorno habitual e até mesmo abandonar os Seus companheiros mais chegados para achar um lugar onde Ele podia se encontrar com o Pai sem nenhuma distração, imagine quanto mais nós precisamos fazê-lo!
O exemplo de John Stott de passar um dia por mês sozinho, além de seu tempo devocional diário, de desaparecer na floresta para orar e refletir, é algo que devemos imitar; não é somente para aqueles de nós que somos servos de Deus, mas para todos os crentes.
Mas para isso é necessário determinação, sacrifício e talvez até mesmo a falta de compreensão por parte de nossos entes queridos. E, claro, é necessário agir.
Semana 6 Dia 6
14:14-21
- Na sua opinião, quais foram os motivos da multidão, que teve que andar uma distância considerável para ver Jesus?
- Jesus veio para nos salvar do pecado. Por que, então, Ele se preocuparia em curar os enfermos e, neste caso, alimentar as pessoas?
- À luz disso, como você definiria a palavra "compaixão" (v. 14)?
- Os discípulos perceberam que a multidão estava com fome? Como pensavam lidar com essa situação? Eles estavam errados? Por quê? Ou por que não? O que você teria feito?
- Por que Jesus pediu os pães e os peixes? Ele não poderia tê-los alimentado sem eles? Qual poderia ser a lição nisso?
- O fato de Jesus ter olhado para o céu e dado graças era um simples gesto? Por que ou por que não? Qual poderia ser a lição nisso?
- Do ponto de vista dos discípulos, o que teria significado para eles ter participado na distribuição dos alimentos e no recolhimento dos pedaços?
- Da perspectiva da multidão, o que teria significado para eles a experiência de serem milagrosamente ensinados, curados e alimentados? Qual devia ser sua resposta? (Vide João 6:14-15.)
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
O pecado dos profissionais
Marcos 6 conta que a história da alimentação de 5.000 pessoas ocorreu no contexto de um período muito agitado para os discípulos. Eles estavam muito cansados, mas também muito animados. Acabavam de ter a experiência de pregar o evangelho em grupos de dois, por conta própria, e tinham visto resultados que possivelmente incluíam não só conversões, mas também curas milagrosas e a expulsão de demônios através deles (e talvez pela primeira vez).
Eles voltaram e compartilharam todas essas notícias emocionantes com Jesus (e com os outros discípulos). Jesus conhecia suas necessidades e propôs um retiro num lugar tranquilo, longe das pessoas, para descansar um pouco, por "eles não terem tempo para comer". (Marcos 6:31)
Por isso, quando li que eles pediram a Jesus para despedir as pessoas (que tinham interrompido seu retiro), mandando-os embora para comprar a sua própria comida, nem por um momento os culpei por isso. Eu teria feito a mesma coisa. Mas, para sua surpresa (ou talvez até mesmo seu desânimo), Jesus lhes disse: "Dêem-lhes vocês algo para comer". (Mateus 14:16, Marcos 6:37)
Com essas palavras Jesus lhes mostrou o que é a verdadeira compaixão.
A compaixão não é algo que praticamos somente quando é confortável para nós. Apesar de que os discípulos estavam cansadadíssimos e estavam passando um tempo de descanso e retiro, a compaixão não podia parar. Certa vez, um jovem pastor tinha muito trabalho em seu escritório quando, para sua consternação, alguém decidiu entrar e pedir-lhe um conselho. Franzindo a testa, ele se sentiu obrigado a cumprimentar aquele desconhecido. Mas no meio da conversa, o desconhecido disse: "Você só está olhando pela janela; não está prestando atenção no que estou dizendo." A ocupação tem um jeito muito especial de endurecer os nossos corações e afastar de nós a compaixão.
A compaixão não tem limites: Ao refletir sobre o que os discípulos acabavam de fazer antes desses eventos, talvez você se pergunte se eles realmente curaram esses enfermos e expulsaram os demônios por compaixão. Se não fosse assim, qual teria sido o seu verdadeiro motivo? Isso é um pensamento assustador. Mas eu acho que eles realmente o fizeram também por compaixão, embora eles tenham limitado a prática da compaixão a um tempo e lugar determinados. Isso é o que eu chamo do pecado dos "profissionais".
Semana 6 Dia 7
14:22-36
- Lembre-se de que o ensino e a alimentação da multidão ocorreram e se estenderam para depois da hora do jantar. Jesus deve ter estado muito cansado. (Aliás, Marcos explica que eles já estavam muito cansados antes mesmo da chegada das multidões.) O que Jesus decidiu fazer no final daquele dia muito agitado? Por quê?
- A quarta vigília da noite corresponde a aproximadamente 3-6 da manhã, um momento em que os discípulos precisavam desesperadamente descansar. A tempestade se formou por acaso? Onde estava Jesus enquanto os discípulos estavam enfrentando a tempestade? Nesse sentido, o que você pode aprender sobre a(s) tempestade(s) em sua própria vida?
- Jesus poderia ter ordenado que a tempestade diminuísse enquanto Ele ainda estava na praia; Ele também poderia ter entrado no barco antes de calmar a tempestade. Por que Ele decidiu andar sobre o lago em direção a eles?
- Quando o medo dos discípulos deu lugar à alegria, por que Pedro pediu poder andar sobre as águas? Como esse pedido o destacou dos outros discípulos?
- O que fez Pedro começar a afundar, embora Jesus estivesse bem na frente dele?
- Você já teve alguma experiência que se pode comparar à de Pedro? O que você pode aprender com esta repreensão de Jesus?
- Com relação às suas reflexões sobre a pergunta 3, Jesus cumpriu o Seu propósito?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Jesus se importa conosco!
Eu acho que esta história de como Pedro andou sobre as águas é divertido e comovedor ao mesmo tempo. É muito engraçado pensar que ele tenha afundado bem na frente de Jesus, e que provavelmente estava só a alguns metros dEle, tão perto que Jesus pôde estender o braço e agarrá-lo.
Mas vista de outra perspectiva, não é tão engraçada. Pedro achava que ia se afogar. Era uma questão de vida ou morte. Acho que é fácil para nós dizer que confiamos totalmente no Senhor quando se trata de questões que têm pouca importância para nós. Quando não faz muita diferença se nossas orações forem respondidas ou não, declaramos ousadamente que temos fé. De certa forma, isso nos lembra de Abraão. Ele não questionou a promessa de Deus de que Ele lhe daria a terra, porque pensava que nunca teria um filho; era mais provavel que Eliezer, seu servo, fosse o herdeiro. Por isso, ele não deu muita importância à promessa (Gênesis 15:3). No entanto, quando Deus lhe garantiu que ele teria o seu próprio filho, ele creu (Gênesis 15:6). De repente, a certeza da promessa de Deus de dar-lhe a terra se tornou um assunto de grande importância. E o que foi que ele fez? Ele pediu um sinal (Gênesis 15:8). Agora ele se importava.
Portanto, se pensamos que temos fé, talvez seja uma boa ideia examinar os nossos corações e pensar novamente antes de nos gabarmos disso.
A história de Pedro também tem um momento comovedor, a saber, quando Jesus estendeu a mão para ele (de uma forma muito humana) para agarrá-lo. Por que digo que Ele o fez de uma forma muito humana? É porque Jesus poderia ter ordenado que a própria água segurasse Pedro, ou Ele poderia ter deixado Pedro se afogar primeiro e depois ressuscitá-lo (o que teria sido um milagre ainda maior). Mas em vez disso, Ele imediatamente estendeu o braço para agarrá-lo, porque não queria que Pedro sofresse mais um segundo de medo e ansiedade desnecessários; tão grande era Sua preocupação por Pedro. É a mesma preocupação que Ele tem por cada um de nós. Jesus não quer que soframos de forma desnecessária, nem mesmo por um só segundo.
Semana 7 Dia 1
15:1-9
Nesta passagem, a palavra "anciãos" (ARC, a versão NVI a traduz com a expressão "líderes religiosos") não se refere àqueles que ocupavam uma posição oficial na sinagoga; antes, ela se refere aos antigos, aos grandes especialistas na Lei de outrora. Suas regras e tradições foram transmitidas de forma oral, até que, finalmente, no terceiro século depois de Cristo, foram postas por escrito, formando uma obra conhecida como a Mishná. Considerava-se que essas tradições expressavam a essência do serviço de Deus. Foi assim que a religião ética foi enterrada sob uma pilha de tabus e regras.
- Qual teria sido o propósito desses fariseus e escribas, os quais tinham vindo de Jerusalém para ver Jesus na Galiléia (vide Marcos 7:1 e ss.)?
- De acordo com este relato, qual era o seu foco? Os ensinamentos de Jesus? Seu poder milagroso? Sua forma de vida? Ou algo mais?
- Você acha que os corações desses fariseus e escribas estavam no lugar certo? Por que ou por que não?
- Por que era tão perversa era a forma em que, por meio de sua tradição, tinham invalidado a ordem de Deus de honrar seus pais, como Jesus lhes mostrou?
- Você consegue pensar em três "tradições" ou "regras" parecidas com as dos fariseus que existem em igrejas de hoje que afirmam acreditar na Bíblia? Como essas igrejas tentam justificar essas tradições?
- Qual foi o veredicto que Jesus deu nos vv. 7-9? Por causa disso, o que aconteceu com o louvor e os sacrifícios que eles tinham apresentado a Deus?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Deus primeiro, depois a família …
"Se você já foi exposto ao ensinamento cristão de nossa cultura por algum tempo, você já deve ter ouvido sobre o conceito de hierarquia de prioridades. De acordo com essa hierarquia, você deve colocar Cristo em primeiro lugar em sua vida, seu casamento e família em segundo lugar, sua igreja em terceiro lugar, as pessoas em quarto lugar, etc. A sequência das prioridades se torna muito menos precisa e organizada depois do número dois ou três, mas acho que já deu para entender como o conceito funciona. Deus e a família estão no topo da lista, e o trabalho nunca aparece numa posição superior à do número três ou quatro." (D. Sherman e W. Hendricks, Seu trabalho é importante para Deus)
Eu concordo com o questionamento que Sherman e Hendricks fazem sobre se a Bíblia realmente ensina tal hierarquia. Os fariseus estavam usando esse tipo de crença numa hierárquica para invalidar o mandamento sobre o dever de honrar os pais, com o pretexto de dar prioridade a Deus. Foi por isso que Jesus os repreendeu em Mateus 15.
Em Sua resposta à pergunta sobre qual é o grande mandamento, Jesus esclarece que na realidade não há nenhuma hierarquia: "'Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento'. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: 'Ame o seu próximo como a si mesmo'." (NVI-PT). (Mateus 22:37-39)
Talvez você esteja pensando, "Mas não é certo que ao dizer isso Jesus estava colocando Deus em primeiro lugar e as pessoas em segundo lugar?"
Pois bem, precisamos entender o seguinte:
- Estas palavras de Jesus foram ditas em resposta à pergunta sobre qual é o maior mandamento, não quais são os dois maiores mandamentos.
- A resposta de Jesus não termina com o versículo 39 incluída acima; continua no versículo 40, na qual Jesus enfatiza que "destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas". Isso significa que nenhum desses dois mandamentos pode existir de forma independente, mas que ambos juntos formam a base de todos os mandamentos.
- Todas as Escrituras nos mostram claramente que nosso amor a Deus é demonstrado principalmente pela forma em que amamos e tratamos as pessoas. "Pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê" (NVI-PT). (1 João 4:20)
É por meio dos nossos relacionamentos em família e de nossa vida na igreja, no trabalho, na escola ou em nossa comunidade que expressamos o nosso primeiro amor pelo Senhor. A razão pela qual cuidamos das pessoas e focamos nelas é precisamente porque amamos o Deus que ama as pessoas. Ele nos deu tanta prioridade que até sacrificou o Seu próprio Filho para que pudéssemos ter a vida eterna.
Watchman Nee entendia isso muito bem. Ele escreveu seu famoso hino, "Deixe-me amar", cujas últimas linhas são estas: "Concede-me que eu chegue aos meus últimos dias buscando agradar aos outros." Ninguém acusaria Watchman Nee de buscar agradar somente às pessoas. Todos estariam de acordo em que Watchman Nee colocava Deus em primeiro lugar em sua vida. Mas essas últimas palavras de sua canção revelam claramente sua compreensão de que, ao colocar Deus em primeiro lugar, ele se humilharia para buscar o bem dos outros que estavam ao seu redor.
Semana 7 Dia 2
15:10-20
- Parece que os discípulos estavam mais preocupados em não ofender os fariseus. Por quê? Será que os corações dos discípulos estavam no lugar certo?
- Por que Jesus chamou os fariseus de condutores cegos? Deus os tolerará?
- De que forma nós também podemos ser condutores cegos?
- Parece que Jesus perdeu a paciência ao escutar a pergunta de Pedro no v. 16. Por quê? (Será que Pedro ainda estava tentando justificar a pergunta que ele tinha feito no v. 12?)
- A essência do que Jesus quis dizer com essa declaração é que a comida não pode contaminar ninguém; isso está em desacordo com a lei levítica que faz uma distinção entre alimentos limpos e alimentos impuros (vide Lev. 11). No entanto, Jesus também faz a declaração de que não veio para abolir a lei, mas para cumpri-la (Mt 5:17). Como você pode reconciliar ambas declarações de Jesus à luz de 2 Coríntios 3:6?
- Você consegue suportar uma pessoa que come sem lavar as mãos? Na próxima vez que isso acontecer, o que você deve fazer?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Deixe-me amar
Na Reflexão Meditativa de ontem citei uma frase do autor Watchman Nee. Hoje eu lhe convido a refletir sobre as palavras da seguinte canção escrita por ele. Esta canção já teve um grande impacto nas vidas de inúmeros crentes. (Observação: Eu prefiro a minha própria tradução mais literal da última linha desta canção: "Concede-me que eu chegue aos meus últimos dias buscando agradar aos outros".)
(Consulte a versão bilíngue desta lição.)
Semana 7 Dia 3
15:21-31
- Por que Jesus escolheu ir para a região predominantemente gentia de Tiro e Sidom se Ele tinha sido enviado somente para as ovelhas perdidas de Israel? (É certo que Ele só foi enviado a Israel?)
- A mulher cananéia também o chamou de "Filho de David". O que isso nos ensina sobre a mulher e sua compreensão de quem era Jesus?
- Por que Jesus escolheu ficar em silêncio, e qual foi o efeito que essa ação teve nos discípulos, a julgar por suas palavras? (O que eles querem dizer com a expressão "Manda-a embora"? Essas são palavras de compaixão e intercessão ou palavras de irritação?)
- Por mais duras que as palavras de Jesus no versículo 26 possam parecer (trata-se provavelmente de um provérbio judaico humilhante que refletia a atitude dos discípulos, os quais provavelmente disseram "amém" em seus corações), reflita sobre esta declaração e pense sobre o que ela mesma afirma sobre quem Jesus é e o que Ele pode fazer.
- Em vez de se sentir insultada, a mulher assumiu de bom grado a analogia do cachorro. Para além de seu desespero (seu desejo de ver a sua filha curada), que tipo de fé foi a que ela mostrou, uma fé que era tão diferente da dos judeus da época — ela tinha uma fé no poder de Deus ou uma fé no coração de Deus? Ou algo mais?
- Quando terminou este encontro, o que a mulher tinha aprendido sobre Jesus?
- O que os discípulos tinham aprendido sobre Jesus?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Deus pode e Deus quer
Jesus elogiou esta mulher cananéia que tinha "grande fé". (Mat. 15:28) Tenho refletido muito sobre a razão pela qual ela tinha uma fé tão grande.
Embora ela fosse uma gentia, ela de alguma forma já reconhecia que Jesus era o Filho de Davi, que Ele era o Messias de Israel. E embora ela também tenha reconhecido Jesus como Deus, Ele teria sido um Deus estrangeiro para ela.
Apesar disso, ela pediu a Jesus que a curasse. Isso em si foi o ato de uma fé extraordinária.
Mas Jesus estava determinado a testar ainda mais a sua fé, e usou palavras tão duras que têm surprendido todos os leitores da Bíblia ao longo dos séculos. Mas a chave para entender que Jesus de forma alguma estava sendo áspero com ela é a declaração que fez aos discípulos: "Eu fui enviado apenas às ovelhas perdidas de Israel". Se isso fosse verdade, por que Ele teria escolhido passar um tempo nas cidades gentias de Tiro e Sidom? Sabemos com certeza que Jesus foi enviado para salvar toda a humanidade. Mas apesar disso, nenhum dos discípulos questionou Sua declaração. Parece que essa declaração só serviu para reforçar os preconceitos que eles já tinham contra os gentios. Isso foi demonstrado claramente nos primeiros capítulos do livro de Atos. Foi muito difícil para eles acreditarem que os gentios podiam ser salvos e receber o Espírito Santo, assim como os judeus.
Embora Jesus tenha fingido ser como os outros judeus "que falavam com uma insolência arrogante sobre os 'cães gentios' " (Barclay), a mulher aceitou de bom grado o insulto e continuou insistindo com o seu pedido; o resultado de suas ações foi que Jesus a elogiou por sua grande fé.
Sua fé de fato era grande, pois além de ter fé no poder de Jesus para curar, sua perseverança mostrava que ela também tinha fé na Sua compaixão. Ela conhecia o coração de Deus. Sabia que se Jesus era Deus, ele certamente teria compaixão dela. Sua fé no amor de Deus não vacilou, nem mesmo depois de escutar o comentário aparentemente indelicado de Jesus.
De fato, pode até ser mais fácil confiar no que Deus pode fazer; é muito mais difícil confiar que Ele o fará, principalmente quando o tempo vai passando e parece que Deus não se importa, ou inclusive, como no caso desta mulher, parece que Deus se tornou hostil para conosco. Mas esta mulher cananéia acreditava em ambas as coisas: Deus pode fazê-lo e o fará.
Semana 7 Dia 4
15:32-39
O entorno, o local e outros detalhes deste relato são tão diferentes do que encontramos no relato da alimentação dos 5.000 no capítulo 14 que os dois relatos não podem se referir ao mesmo evento. Aliás, Marcos diz claramente em Marcos 8:19-20 que foram dois eventos distintos.
- Quão faminta estava a multidão? Por que Jesus ainda não tinha feito nada? O que Ele poderia ter feito nos três dias anteriores?
- Por que é tão especial o fato de Jesus ter mencionado especificamente as circunstâncias nas quais se encontrava a multidão?
- Como você pode imitar o Senhor com respeito a isso?
- Se você fosse um dos discípulos e já tivesse testemunhado a alimentação dos 5.000, qual teria sido sua resposta a Jesus?
- Em comparação com a primeira multiplicação, quantos pães e peixes a multidão tinha desta vez? O que podemos aprender com sua resposta no versículo 33?
- Você ainda lembra da maior libertação que já experimentou? Se acontecer novamente (ou uma situação semelhante), você confiará em Deus imediatamente, sem hesitar, sem reclamar e sem nenhuma preocupação? Por que ou por que não?
- A maioria dos comentaristas minimiza a importância do fato de Mateus ter usado termos diferentes para se referir aos doze cestos e aos sete cestos. No entanto, ambos os relatos revelam que houve sobras. Qual seria a importância dessa observação?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Quem está corrompido?
Não há dúvida de que o surgimento da abordagem histórica e gramatical da exegese tem enriquecido a nossa compreensão das Escrituras; no entanto, ao mesmo tempo, tem aberto o caminho para os céticos colocarem em dúvida a verdade da inspirada Palavra de Deus. Infelizmente, esses céticos não estão mais somente no meio liberal; também estão presentes no meio evangélico.
Um exemplo disso é a forma em que interpretam o milagre da alimentação dos 4.000 em Mateus 15. Lenski lamenta que "alguns intérpretes modernos consideram que os relatos das duas alimentações das multidões se referem em realidade ao mesmo evento. O problema é que existem diferenças quanto à hora, o local, o número daqueles que foram alimentados, o número de pães, de peixes e de cestas cheias de sobras". (Lenski, Mateus, 602)
Na minha opinião, a evidência mais forte com relação à isso é o fato de Marcos ter deixado muito claro em Marcos 8:19-20 que se trata de dois eventos diferentes.
O estudo da língua original e dos contextos cultural e histórico dos tempos bíblicos é uma disciplina importante para nós que vivemos numa época tão distante daquela; nos permite ter uma compreensão mais profunda e precisa dos ensinamentos, narrações, parábolas e profecias que foram inspirados pelo Espírito Santo por meio de autores que os puseram por escrito. Mas todas estas pesquisas acadêmicas devem ser realizadas com uma atitude de humildade e fé — humildade, para não chegarmos ao ponto de criticar a Palavra de Deus, mas que qualquer informação que descobrirmos mediante a nossa sabedoria humana seja avaliada pela Palavra de Deus; fé, porque cremos que os autores das Escrituras foram inspirados pelo Espírito Santo e que, portanto, "nem a menor letra, nem o menor traço de caneta desaparecerá de forma alguma" da Palavra de Deus, e que nada poderá ser adicionado à Bíblia ou eliminado dela. (Mateus 5:18; Apocalipse 22:18-19)
Infelizmente, enquanto os estudiosos da Bíblia e os professores continuarem a ostentar a sua sabedoria cética com relação às Escrituras nos seminários e nos púlpitos, a primeira coisa que pensarão muitos cristãos leigos ao encontrarem trechos das Escrituras que parecem difíceis de entender ou ilógicas é isso: "Talvez a minha versão da tradução esteja incorreta", ou pior ainda, "Os manuscritos devem estar corrompidos".
Na minha opinião, a melhor atitude é aceitar as Escrituras assim como são. Embora eu ainda gaste todas as minhas faculdades intelectuais com a análise do conteúdo das Escrituras e com a consulta de recursos confiáveis e piedosos, também me humilho e oro ao Espírito Santo, o autor original: "Guia-me à Tua verdade." Na maioria das vezes, o Espírito Santo abre a minha mente para ver coisas que sempre estiveram aí sem que eu o percebesse. Mas às vezes continuo ignorante com respeito ao significado mais profundo da passagem; no entanto, até nisso tenho aprendido a agradecer a Deus, porque, no final das contas, Ele não é obrigado a me mostrar tudo o que eu gostaria de saber, somente aquilo que preciso saber.
Semana 7 Dia 5
16:1-12
- Ao pedir um sinal, os fariseus estavam tentando pôr Jesus à prova. Com relação a que queriam pô-Lo à prova?
- Jesus já havia feito muitos milagres. Por que eles pediram "um sinal do céu"? Do ponto de vista dos fariseus, em que sentido um sinal do céu seria diferente de qualquer dos milagres que Jesus já havia realizado? É correto fazer esse tipo de distinção?
- Se Jesus tivesse dado a esses fariseus "um sinal do céu", eles teriam crido nEle?
- É óbvio que seu problema não era a falta de um sinal, nem mesmo a falta de compreensão quanto à sua interpretação. De acordo com Jesus no v. 4, qual era o verdadeiro problema? O que significam as palavras "geração perversa e adúltera"?
- Embora seja óbvio que nos vv. 5-6 Jesus estava tentando dar um ensinamento concreto, como os discípulos o interpretaram?
- Por que eles imediatamente relacionaram a declaração de Jesus sobre o fermento com o fato de eles não terem levado pão? Por que a resposta deles obteve uma repreensão tão severa por parte de Jesus, quem os acusou de ter "pequena fé"?
- O que eles deveriam ter aprendido e entendido com os dois milagres, e por que Jesus lhes perguntou sobre as sobras?
- Jesus os advertiu contra o fermento dos fariseus e saduceus. O que representa ou significa o fermento? Quais são os fermentos dos fariseus e saduceus?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
A abordagem errada
É interessante ler os comentários de Jesus sobre a "pequena fé" dos discípulos em Mateus 16, os quais foram feitos pouco depois de Jesus ter elogiado a grande fé da mulher cananéia no capítulo 15.
Aconteceu que os discípulos tinham esquecido de trazer pão para a viagem. O discípulo que era responsável certamente se sentia mal por isso. Por isso, quando Jesus aproveitou a oportunidade para dar-lhes um ensinamento concreto – não para puni-los por sua negligência, mas para dar-lhes uma lição muito mais importante sobre o seu dever de se protegerem contra os ensinamentos dos fariseus e saduceus – eles se tornaram sensíveis demais e interpretaram as intenções de Jesus de forma incorreta.
Em vez de repreendê-los por sua atitude defensiva, Jesus os repreendeu por terem pouca fé. Acho que nisso há uma lição relevante que devemos aprender, especialmente quando se trata de ter uma compreensão correta de quais questões são as mais importantes no ministério do reino.
Jesus sempre foca o coração. Ele estava preocupado com o fato de que, não obstante os Seus ataques implacáveis contra os ensinamentos dos fariseus (cujo pecado era uma hipocrisia que se baseava na observância externa da lei) e dos saduceus (cujo erro consistia em sua obstinada rejeição da ideia da ressurreição), Jesus sabia que os erros desses dois grupos atuariam como o fermento, propagando-se até mesmo entre os Seus próprios seguidores. Vemos que Seu temor não era descabido, uma vez que a noção de salvação pelas obras e a dúvida sobre a ressurreição são duas das questões apologéticas mais importantes para o apóstolo Paulo. No entanto, a única coisa que preocupava os discípulos naquele momento era a possibilidade de Jesus ficar irritado com a sua negligência ao não terem levado pão.
O que realmente entristeceu Jesus ao repreendê-los por sua pouca fé foi seu enfoque errôneo. Nenhuma necessidade material (seja o pão ou seja alguma outra coisa) deveria ser o foco de atenção de Seus seguidores. Nosso foco deve estar sempre nos assuntos do coração.
Se em nossa igreja ou em algum outro ministério cristão estamos gastando muito tempo e energia lidando com necessidades materiais ou outros problemas relacionados com isso (muitas vezes com o pretexto de que seja um assunto espiritual, quando na verdade é um assunto administrativo), estamos repetindo o erro dos discípulos.
Semana 7 Dia 6
16:13-20
Se você procurar nos mapas incluídos em sua Bíblia, encontrará a cidade de Cesaréia de Felipe ao norte do Mar da Galiléia. Esta cidade tinha sido ampliada e embelezada por Felipe, um dos filhos de Herodes (que governava esta região na qualidade de tetrarca), quem a chamou Cesaréia de Felipe em homenagem a César e a si mesmo (Lenski, COTNT, Mateus, 618). Os discípulos já tinham seguido Jesus durante um tempo considerável; tinham visto Seus milagres, ouvido Seus ensinos e testemunhado a feroz oposição dos fariseus. Já conheciam Jesus de perto. É neste capítulo (16:21 e ss.) que Jesus começa a revelar Seu plano final de sofrimento.
- Em geral, quem as pessoas pensavam que Jesus era?
- Teria sido uma grande honra ser considerado como Elias ou Jeremias . Por que isso não foi suficiente para Jesus?
- Por que Jesus fez esta pergunta complementar: "E (neste contexto, a palavra grega traduzida "e" significa "mas") vocês? Quem vocês dizem que eu sou?" Qual é a importância da palavra "mas"?
- Por um lado, é óbvio que a resposta de Pedro era correta; no entanto, era suficiente ele ter reconhecido Jesus como o Cristo (quer dizer, o Messias)? Porque não?
- Em geral, o que as pessoas hoje dizem sobre a identidade Jesus? Em que aspectos eles têm razão? Em que aspectos eles estão errados e qual é a magnitude do seu erro?
- E você? Quem você pensa que Jesus é?
- A que Jesus atribuiu a resposta correta de Pedro? E a resposta de você? Como você obteve essa resposta?
- Neste trecho, Jesus faz um trocadilho, uma vez que o nome "Pedro" significa "seixo", enquanto a palavra "pedra" se refere a uma rocha muito maior. Antes de tentarmos entender estes versículos, leiamos João 20:23, onde é evidente que Jesus não falou somente com Pedro, mas com todos os discípulos. Portanto, de acordo com esta passagem, tudo o que Jesus estava dizendo a Pedro, ele estava dizendo a ele como representante dos outros discípulos. Sendo esse o caso, o que ou quem estava sendo representado por Pedro?
- Aqui, no versículo 18 encontramos a primeira vez que Jesus usou a palavra "igreja", cujo significado original é "um grupo de pessoas que são chamadas". Imagine que você fosse um destes discípulos que ouviu Jesus usar o termo "minha igreja" pela primeira vez:
- Que imagem isso tinha evocado em sua mente?
- Por que esse grupo de pessoas precisa ser edificado, quase como se fosse uma estrutura?
- O que significa a palavra "rocha"? Por que esse "edifício" precisa de uma rocha? Uma vez que Pedro é só um representante, quem está incluido como parte desta rocha?
- Quais são os desafios que essa "igreja" enfrentaria?
- O que Jesus diz no v. 19 se refere à Sua autoridade ou a Sua função? Por quê?
- Em última análise, quem e o que determinam qual será o destino eterno de uma pessoa, com relação ao perdão e à vida eterna?
- Nesse sentido, o que são as "chaves" do Reino dos Céus?
- De acordo com o que aprendemos no resto do Novo Testamento, como os discípulos usaram essas chaves?
- De que maneira nós, a igreja, devemos continuar a usar essas chaves?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Quem liga e quem desliga?
Para nossa reflexão meditativa de hoje, deixe-me citar as próprias palavras de Calvino sobre o significado desta difícil passagem em Mateus 16:18-19:
"A essência desta declaração é que Cristo queria assegurar aos Seus seguidores a salvação prometida a eles no Evangelho para que pudessem esperá-la com a mesma segurança que eles teriam se o próprio Jesus descesse do céu e prestasse testemunho dela. Por outro lado, ele também queria aterrorizar os escarnecedores, para que não pensassem que seu escárnio dos ministros da palavra ficaria impune. Ambos os propósitos são extremamente necessários, uma vez que o inestimável tesouro da vida nos é mostrado em vasos de barro (2 Coríntios 4:7), e se a autoridade da doutrina não tivesse sido estabelecida dessa forma, a fé nela teria estado, em quase cada instante, pronto para ceder …
"É uma grande honra sermos os mensageiros de Deus, cuja função é assegurar ao mundo a Sua salvação. A maior honra conferida ao Evangelho é a de ser declarado a embaixada da reconciliação mútua entre Deus e os homens (2 Cor 5 :20) Em suma, é uma consolação maravilhosa para as mentes devotas saberem que a mensagem de salvação trazida a eles por um pobre mortal foi ratificada diante de Deus. No entretanto, deixe os ímpios zombarem como quiserem da doutrina que é pregada a eles por ordem de Deus; um dia eles aprenderão a magnitude da verdade e seriedade da ameaça que Deus faz pela boca dos homens. Finalmente, que os mestres piedosos, confiados nesta garantia, sejam encorajados e que outros defendam com ousadia a graça vivificante de Deus, mas que não falem com menos ousadia contra os endurecidos escarnecedores de sua doutrina …
"Mas dir-se-á que Cristo se dirige somente a Pedro. É verdade; Ele o faz porque só Pedro, em nome de todos, confessou que Cristo era o Filho de Deus, e só a ele vai dirigido o discurso, o qual se aplica igualmente aos demais. Além disso, não se deve desprezar a razão aduzida por Cipriano e outros, a saber, que Cristo falou a todos na pessoa de um homem, a fim de recomendar a união da Igreja."
(Trechos de Comentário de Calvin, Vol. XVI. pp. 294-296)
Semana 7 Dia 7
16:21-28
- Em que sentido a resposta de Pedro sobre a identidade de Jesus é totalmente diferente da resposta dada por outras pessoas (além do papel que teve a revelação divina mencionada em Mateus 16:17)?
- Embora a resposta de Pedro tenha sido boa e correta, o que ele pensava sobre o papel messiânico de Jesus e o que significava ser discípulos do Messias?
- Mateus usa o verbo "repreender" para descrever as palavras de Pedro. Quem Pedro pensava que era?
- Por que Jesus o chamou de Satanás? Em que sentido foi uma pedra de tropeço? O que significa a expressão "pedra de tropeço", de acordo com o versículo 23?
- O que Jesus quis dizer com as palavras "vir após mim" (ARC)? Tente elaborar a definição mais precisa possível.
- O que significam as seguintes frases?
- "renuncie-se a si mesmo"
- "tome sobre si a sua cruz"
- "siga-me"
Você já fez tudo isso?
- O que seguir a Jesus tem a ver com "salvar" e "perder" a vida? Ganhar o mundo inteiro necessariamente leva à perda da alma?
- Qual seria o título mais apropriado para este trecho? Por quê?
- O custo do discipulado (NIV)
- A condição para seguir a Cristo (JB)
- O caminho da cruz (TNIV)
- Você consegue pensar num título melhor?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
A orientação espiritual
Quando Randall Cunningham, o famoso zagueiro, estava pensando em se juntar à uma equipe de futebol, ele procurou o seu pastor para saber sua opinião. Numa entrevista alguns anos depois, esse mesmo pastor disse o seguinte: "Ele pediu orientação à pessoa errada".
Admiro a honestidade e humildade deste pastor, e espero que todos nós que somos pastores, especialmente aqueles que ministram aos outros como líderes espirituais, tomemos nota disso.
Os conselheiros se sentem cada vez mais pressionados a dar respostas àqueles que buscam orientação. A realidade é que nós não conhecemos a vontade de Deus para a vida de outras pessoas, a menos que se trate de escolhas de caráter moral. A única coisa que devemos fazer é escutar aqueles que nos pedem conselhos, orar com eles e dar sugestões que estão de acordo com o bom senso e / ou com os princípios bíblicos.
Mas cada vez mais encontro casos em que pastores ou conselheiros espirituais têm a ousadia de dizer aos que buscam seus conselhos o que devem fazer, como se eles tivessem uma linha direta com o céu. Isso não só é arrogante, também é perigoso. Eu sei que, em última análise, a pessoa que busca o aconselhamento deve assumir a responsabilidade por sua própria decisão; todavia, qualquer pastor ou mentor espiritual que oferece mais do que um simples conselho está sendo irresponsável. Isso é perigoso não só para quem busca o nosso conselho (uma vez que nos convertemos numa pedra de tropeço para ele fazer a vontade de Deus), mas também para nós, porque estamos escolhendo brincar de Deus.
Temo que isso não se deva tanto à arrogância do mentor espiritual, mas à sua tendência de sucumbir à cultura popular, uma cultura que exige respostas e resultados como prova de competência. Henry Nouwen tem razão: nós não temos nada a oferecer, salvo o nosso eu vulnerável.