Guia devocional da Bíblia

Estabelecer um relacionamento sólido e íntimo com Deus

Cultivar uma vida cristã autêntica cujo testemunho cristão que é percebido em casa, no trabalho e na comunidade

Trabalhar em conjunto com outros cristãos com o objetivo de crescer no conhecimento e amor de Jesus Cristo

Pastor Paul Chan

O Pr. Chan, um Contador Certificado no Reino Unido e Canadá, trabalhou como contador e diretor executivo no âmbito comercial por cerca de 21 anos antes de ser chamado pelo Senhor em 1991 para ser ministro evangélico de tempo integral. Depois disso ele completou seus estudos teológicos, primeiro no Regent College (M. Div.) e depois no Eastern Baptist Seminary (D. Min.). Mais tarde ele teve a oportunidade de servir na Primeira Igreja Batista e na Igreja Lord's Grace em Vancouver antes de assumir o posto de Secretário-Geral na CCM USA. Após sua aposentadoria, ele assumiu funções pastorais interinas nas igrejas Grace Chinese Alliance Church (Concord, Califórnia) e Richmond Chinese MB Church (Richmond, BC). Durante 30 anos, sua experiência anterior em gestão e negócios lhe deu o privilégio de caminhar ao lado de homens e mulheres cristãos no mundo empresarial que visavam crescimento espiritual e relevância no local de trabalho. Essa experiência o levou a desenvolver para esses cristãos o programa de Discipulado Total Growth, um estudo de 31 semanas cujo objetivo é promover um crescimento pessoal a longo prazo. Ele também desenvolveu um Guia Devocional de Cinco Anos (disponível em inglês e chinês no site de Total Growth), um programa de estudo indutivo que percorre quase toda a Bíblia. Ele tem um casamento feliz, com dois filhos e quatro netos, e reside na Califórnia e na Colúmbia Britânica.

Estudios Bíblicos

Mateus

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OU

Semana 12 Dia 5
25:1-13

(3) A hora inesperada

Com frequência, o Velho Testamento se refere a Israel como a noiva do Senhor. Portanto, é possível que esta parábola das virgens seja dirigida àqueles entre o Povo de Deus (ná época de Jesus) e entre a igreja (em nossa época) que não duvidam de que fazem parte do Reino dos Céus.

  1. Por que os personagens desta parábola são chamados de "virgens_" e quais são seus papéis?
  2. Como a parábola os compara com o Reino dos Céus?
  3. Como o uso das cinco contra cinco é semelhante ao que vemos em 24:40-41?
  4. Responda às seguintes perguntas sobre a parábola:
    1. Em que momento as virgens devem preparar suas lâmpadas?
    2. Como elas devem fazê-lo?
    3. Por que não o fariam?
    4. Por que as virgens insensatas não podem buscar azeite depois da chegada do noivo?
    5. Qual é o destino dessas virgens?
  5. Uma vez que 1) a palavra "sono" é usada para com frequência para se referir à morte, 2) todas as virgens adormeceram porque o noivo demorou a chegar e 3) o "óleo" representa o Espírito Santo, como você responderia às seguintes perguntas?
    1. Como devemos nos preparar para a vinda de Jesus?
    2. Quando devemos fazê-lo?
    3. Por que já será tarde demais se não o tivermos feito antes de Jesus voltar?
    4. Nesse caso, qual seria o nosso destino?
  6. Por que Jesus chamaria cinco delas de insensatas e as outras cinco de sábias?
  7. Como esta parábola teria servido de advertência para os ouvintes judeus?
  8. Qual é, então, a mensagem essencial desta advertência para você, com relação ao motivo da "hora inesperada", e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
LinSanity

Em Nova York, eles o chamam de "LinSanity", e esta noite atingiu o seu auge quando Lin fez uma jogada de três pontos com menos de um segundo para terminar o jogo, garantindo assim a vitória dos Knicks. Ele terminou o jogo com 27 pontos e 11 assistências, seu recorde pessoal.

Mas apesar do apelido "LinSanity", este jogador parece ser uma pessoa muito sensata. Num testemunho gravado em junho do ano passado, este fenômeno que surgiu entre os Knicks de um dia para o outro, Jeremy Lin, cita a seguinte porção do livro Don't Waste Your Life (Não desperdíce sua vida), escrito por John Piper:

"Deus nos criou para viver com uma única paixão, a de exibir com alegria a Sua excelência suprema em todas as esferas da vida".

Em seguida, Lin adiciona o seguinte comentário sobre como ele veio a valorizar Jesus mais do que o sucesso no basquete:

"Quando Paulo escreveu em Filipenses que é necessário continuar se esforçando para ganhar um prêmio celestial, ele mesmo estava realmente vivendo para isso; isso foi o que tornou a sua vida significativa (Fp 3:15). Foi então que eu percebi que precisava aprender a fazer o mesmo. Tive que aprender a parar de correr atrás dos prêmios desta terra que perecem; eu tive que parar de perseguir a minha própria glóra; tive que aprender a dar o melhor de mim para Deus e deixar os resultados na mão dEle. Preciso aprender a ter suficiente fé para confiar em Sua graça e em Seu perfeito plano soberano. Tive que Lhe entregar a minha vontade, os meus desejos, os meus sonhos; Tive que dar tudo a Deus e dizer: 'Olha, eu vou dar o melhor de mim; vou para a quadra a fim de jogar cada dia para Ti, e deixarei o resto em Tuas mãos'. É uma luta que tenho todos os dias. . . é gostoso jogar para conseguir grandes estatísticas, mas a satisfação, a felicidade que vem disso acabam antes do próximo jogo. É passageiro."

Semana 12 Dia 6
25:14-30

Além do motivo da "hora inesperada", outro tema recorrente nesta série de parábolas é o da "viagem" de um senhor ou rei:

  1. Por que Jesus enfatiza repetidamente a longa duração da "viagem" ao longo destas parábolas (24:48; 25:5)?
  2. Com que base as diferentes quantidades de "talentos" são distribuídas?
  3. Se essa base for a "habilidade" de cada um, os talentos não poderão representar habilidades (como hoje se entende a palavra). O que eles poderiam representar?
  4. À luz disso, o Rev. Stephen Chan opinou que os "talentos" realmente representam oportunidades. Se esse for caso, concluiríamos que até mesmo quando temos a habilidade (ou seja, os dons), para usá-las ainda é necessário esperar que surja a oportunidade, o momento certo ou a tarefa designados por Deus. Você concorda?
  5. Até que ponto você poderia ser afetado pela magnitude da habilidade e da tarefa que Deus lhe deu, com relação à nossa atitude de serviço, especialmente quando há outros que receberam muito menos ou muito mais do que nós?
  6. Quais recompensas são dadas aos dois primeiros servos? Existe alguma diferença entre os dois? Qual é a mensagem de Jesus aqui?
  7. Quais são as justificativas dadas pelo último servo para explicar por que ele não usou o talento?
    1. É verdade o que ele diz sobre o senhor?
    2. Baseado nas palavras deste servo, você pode deduzir o tipo de relação que ele tinha com o senhor e sua atitude com relação à tarefa com a qual ele tinha sido encarregado?
    3. Você acha que suas justificativas são válidas, ou são meras desculpas?
  8. Qual é o veredicto do senhor? Seu veredicto é fundamentado? Por quê?
  9. Como os versículos 28-29 acontecem na vida real, quer dizer, com relação ao serviço na igreja?
  10. Que tipo de advertência isso representou para o público imediato, quer dizer, para os judeus?
  11. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Jesus mudou o Seu cronograma?

Parece que todos os estudiosos da Bíblia são da opinião de que os apóstolos e discípulos da primeria igreja esperavam um retorno iminente do Senhor Jesus Cristo, e que viviam e pregavam à luz dessa esperança. A pergunta que surge naturalmente é se os apóstolos tinham uma noção errada sobre isso, ou se Jesus mudou Seus planos quanto à data de Seu retorno.

Ao lermos as muitas parábolas encontradas na última parte de Mateus, notamos que um motivo recorrente não é apenas o caráter inesperado do tempo da volta de Jesus, mas o fato de ela ser uma espera muito mais longa do que o previsto, tão longa que o servo iníquo pensa que seu o mestre vai "demorar" (24:48); da mesma forma, as dez virgens adormeceram porque "O noivo demorou a chegar" (25:5). Essas parábolas apontam para o fato de que a espera certamente será excepcionalmente longa. É verdade que os primeiros crentes desejavam ferventemente o breve retorno de seu Senhor, e que alguns, por causa da aparente demora, começaram a duvidar. Talvez seja por isso que Pedro teve que lembrá-los de que,

"O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento" (NVI-PT). (2 Pe. 3:9)

É interessante notar que Pedro não disse que Jesus é paciente com os incrédulos que pereceriam, mas conosco. Isso significa que se houvesse algum atraso no plano, a causa seríamos nós, porque somos muito lentos para cumprir a Grande Comissão que Ele nos deu.

Semana 12 Dia 7
25:31-46

  1. Jesus agora muda o foco de Sua mensagem; Ele não fala mais sobre a "longa jornada", mas de Sua eventual vinda ou retorno. Qual é a declaração que Ele faz sobre Seu retorno nos vv. 31-32?
  2. Em seguida, Ele nos dá uma ideia de como será o Seu julgamento de "todas as nações", mediante a analogia pastoral de separar as ovelhas dos bodes. Quem são as ovelhas e quem são os bodes?
  3. Qual é a recompensa dos justos? Tente entender o que essa recompensa realmente é, e qual é sua magnitude.
  4. Qual é a "recompensa" dos malditos? Por que Ele os chama de "malditos"? Você tem a impressão de que o lugar para onde eles serão enviados não foi desenhado para eles?
  5. O que significa a frase "algum dos meus menores irmãos"?
    1. Por que Ele os chama de menores?
    2. Por que Ele os chama Seus irmãos? Podemos estabelecer uma base para entender esta passagem, comparando-a com Hebreus 2:11?
  6. Ao tentarmos entender essa passagem, o que podemos observar nesse sentido no Livro de Atos sobre a igreja primitiva?
  7. A mensagem clara que aparece em todo o Novo Testamento é a da fé em Jesus Cristo para a salvação (João 3:16, etc.):
    1. Como você interpretaria esta passagem se ela aparecesse sem qualquer contexto?
    2. Como você interpretaria esta passagem à luz do resto das Escrituras?
  8. Qual foi o propósito de Jesus ao decidir que este seria um dos Seus últimos sermões?
  9. Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
A base da justiça

Tenho que admitir que o julgamento das ovelhas e os bodes em Mateus 25 é uma passagem difícil de entender à luz da base aparente sobre a qual o Senhor pronunciará o juízo em Sua vinda. Se dependêssemos apenas do contexto imediato e do conteúdo desta passagem, teríamos que admitir

  1. que este juízo foi pronunciado não somente para a igreja de Deus, mas para todas as nações; nesse caso, o tratamento dado a "um destes meus irmãozinhos" poderia ser realizado tanto por crentes como por não crentes;
  2. que a base do juízo ou recompensa é indicado claramente pela palavra "pois" que aparece nos vv. 35 e 42, a qual se refere à existência ou ausência da obra de cuidar do "menor" dos irmãos;
  3. que a recompensa é claramente fogo eterno para os ímpios e a entrada no reino dos céus para os justos.

No entanto, precisamos interpretar as Escrituras à luz das próprias Escrituras. Não podemos desenvolver uma teologia completamente nova que se baseia na interpretação de um único versículo ou, neste caso, de uma única passagem.

Portanto, quando tomamos os ensinamentos de Jesus como um todo, juntamente com os ensinamentos dos Apóstolos (os quais eles aprenderam diretamente do Senhor), é inequivocamente claro

  1. que a salvação é pela graça, por meio da fé em Cristo, e não pelas obras (Efésios 2:8-9);
  2. que "Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (NVI-PT) (Atos 4:12);
  3. que Jesus deixa claro o que significa a palavra "obra" quando ela é usada com relação à vida eterna, a saber, "crer naquele que ele (o Pai) enviou". (João 6:29)

Portanto, por mais que Jesus assinale que a recompensa daqueles que não negligenciam o cuidado do menor de seus irmãos é herdar o Reino, e os chama de justos, Ele não diz que eles serão declarados justos com base nessas ações. Em vez disso, e à luz da doutrina geral da Bíblia, essas são pessoas que já obtiveram a justiça por meio da fé, mas cujo cuidado dos "menores" resulta numa grande recompensa do Rei.

Portanto, a pergunta que deveríamos fazer é esta: por que Jesus ensinaria isso num dos Seus últimos sermões, e aparentemente sem esclarecer (como já havia feito em outras ocasiões) que o ponto mais essencial é crer nEle?

Como cristãos, devemos levar a sério as palavras de Jesus e examinar a nós mesmos. Se afirmamos que realmente cremos nEle, por que não nos importamos com os pobres, os marginalizados e os oprimidos, aqueles com os quais Jesus claramente se identificou! Nas palavras de Tiago, que certamente segue o ensino de Jesus a esse respeito, "a fé sem obras é inútil". (Tiago 2:20)

Se por um lado somos irresponsáveis ao cuidar do corpo e não da alma, somos hipócritas quando cuidamos da alma e não do corpo.

Semana 13 Dia 1
26:1-13

"Durante esta festa, a população da cidade crescia de aproximadamente 50.000 para 250.000" (NICOTNT, Marcos, 490)

  1. Por que tantos judeus chegavam a Jerusalém para esta ocasião?
  2. Por que esta festa era tão importante para eles?
  3. Qual deveria ter sido o foco dos principais sacerdotes e mestres da lei durante esta festa? Qual é o seu foco agora? Por quê?
  4. Quando comparamos esta passagem com Marcos 14:1-10 e João 12:1-8, descobrimos que quem ungiu Jesus foi Maria de Betânia, irmã de Lázaro, duranto o que provavelmente foi Sua última festa em Betânia. À luz da morte e ressurreição de seu irmão, narrado em João 11, como você descreveria o conhecimento e a compreensão que Maria tinha da pessoa de Jesus?
  5. Quais podem ter sido os motivos de Maria para ungir Jesus com um frasco de perfume tão caro (cujo valor era aproximadamente equivalente a um ano de salário, e que se dissiparia no ar em segundos)?
    1. Ela o fez para mostrar sua gratidão a Jesus (por ter ressuscitado seu irmão Lázaro)?
    2. Ela o fez para Lhe mostrar que ela O amava (com uma das substâncias mais apreciadas pelas mulheres)?
    3. Ela o fez para mostrar que acreditava o que Jesus tinha dito sobre Sua crucificação, sabendo que era improvável que ela pudesse obter o corpo de Jesus das autoridades? Se esse for o caso:
      1. Ela expressou sua fé em Suas palavras, mesmo quando ninguém mais o fez.
      2. Ela O ungiu de antemão.
    4. Você acha que ela O ungiu por todas as razões acima?
  6. Uma vez que faltavam apenas dois dias para Jesus ser preso, os discípulos levaram a sério as palavras de Jesus sobre Sua morte? Se realmente as levassem a sério, eles teriam repreendido Maria por suas ações? Por que ou por que não?
  7. Jesus repreendeu os discípulos contrastando-se com os pobres. Mas será que Suas palavras não contradizem o que Ele tinha ensinado recentemente, em 25:31-46? Será que Jesus não se importava com os pobres? Por que Ele teria ficado tão satisfeito com a ação de Maria, e ficou ainda mais satisfeito que se ela tivesse usado o perfume para o benefício dos pobres, pelos quais Ele sem dúvida se importava? Qual é a lição dessa história?
  8. Jesus diz que "em qualquer lugar do mundo inteiro onde este evangelho for anunciado (algo que Ele já previa), também o que ela fez será contado, em sua memória" (NVI-PT). Qual é o conteúdo fundamental do evangelho (vide João 3:16)? Em que sentido a ação de Maria está ligado ao conteúdo do evangelho, e por que essa relação é tão próxima que precisa ser mencionada onde quer que o evangelho seja pregado?
  9. Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
A história de Maria de Betânia

De todos os personagens do Evangelho, somente Maria de Betânia é mencionada por Jesus com tanta honra, uma vez que "em qualquer lugar do mundo inteiro onde este evangelho for anunciado, também o que ela fez será contado, em sua memória" (NVI-PT). (Mateus 26:13)

Fico muito encorajado com o fato de Jesus ter previsto claramente que Seu evangelho seria pregado em todo o mundo. Sua morte não foi um acidente; foi o plano de Deus, o qual não seria em vão. Este evangelho de salvação por meio de Jesus Cristo teria um impacto e alcance mundiais. É algo que tem-se tornado realidade diante dos nossos olhos. É um sinal da verdadeira religião.

No entanto, será que é verdade que a ação de Maria deve ser mencionada junto com a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo? Isso é impensável!

Acredito que a ação incomum de Maria de derramar um perfume caríssimo desse frasco de alabastro na cabeça de Jesus foi um ato de fé, amor e sacrifício. Não há dúvida de que sua ação tocou as profundezas do coração do nosso Senhor.

Durante aquelas últimas horas da jornada de Jesus nesta terra, apesar das várias vezes que Ele tinha advertido Seus discípulos mais próximos sobre Sua morte, a única resposta que Ele recebeu deles foi um espírito de competição, medo e confusão. Em outras palavras, eles só se preocupavam consigo mesmos. Ninguém parecia se importar com Ele ou compreender o fardo que pesava em Sua alma que logo estaria "profundamente triste, numa tristeza mortal". (Mat. 26:38) Maria foi a única pessoa que se importou com Ele e mostrou que ela compreendia. É por isso que Jesus disse que o propósito de sua ação era "me preparar para o sepultamento". Esta verdade é expressa muito bem na letra de certo hino: "Mesmo agora, o Senhor procura aqueles que desejam comprender Seus sentimentos".A ação de Maria também foi muito oportuna. Embora Nicodemos e outros tenham amado Jesus o suficiente para arriscar suas vidas ou reputações para conseguir o corpo de Jesus e ungí-lo com ungüento, suas ações e ungüento eram muito menos preciosos e oportunos do que os de Maria. Ainda me lembro de uma carta que recebi de certa doadora que apoiava a missão CCM; ela me escreveu, dizendo que, por causa de sua idade avançada, ela preferia enviar sua oferta em anexo enquanto ainda vivia, em vez de deixá-la para a CCM no seu testamento. Muitas vezes me pergunto se sua ação foi influenciada pelo exemplo de Maria.

Semana 13 Dia 2
26:14-25

  1. É evidente que os chefes dos sacerdotes precisavam da ajuda de um informante que estivesse "de dentro", uma vez que queriam prender Jesus em segredo para evitar um distúrbio público, conforme o esclarecido no v. 5. Imagine que você fosse Judas:
    1. Qual pode ter sido a razão que o tinha levado a seguir Jesus uns três anos antes?
    2. O que você tinha visto e ouvido durante esses três anos?
    3. Você teve a oportunidade de viver, comer, andar e dormir com Jesus, e descobriu que Ele realmente não tem pecado. Quem é Jesus para você?
    4. O dinheiro sempre foi importante para você, e desde que você recebeu a responsabilidade de administrar a bolsa de dinheiro do grupo, você "costumava tirar o que nela era colocado". (João 12:6) Agora que você sabe que os líderes religiosos estão conspirando para matar Jesus, quais são as suas opções?
    5. Quais são as vantagens e desvantagens dessas opções? Por que você decide trair Jesus?
  2. Jesus fez planos para comer a Sua última festa da Páscoa num local que nem mesmo os discípulos conheciam. Judas só aprenderia mais tarde onde estava localizado, e por isso teria que sair furtivamente durante o jantar para informar os chefes dos sacerdotes. Uma vez que esta era a última Páscoa que Jesus comeria na terra, você consegue imaginar como Ele teria se sentido ao presidir a refeição cujo significado pleno Ele estava prestes a cumprir?
  3. Jesus explicou que aquele que O trairia seria um dos Doze, e que era "o que mete comigo a mão no prato". A seriedade desse evento levou-o a dizer, "Bom seria para esse homem se não houvera nascido" (ARC). Esse foi o comentário de Jesus sobre a vida de Judas; qual seria o Seu comentário sobre a vida de você?
  4. O anúncio de que Jesus seria traído por um deles entristeceu os doze, e podemos supor que eles perguntaram um a um, "Porventura, sou eu, Senhor?". Por que os onze reagiram às palavras de Jesus com essa pergunta? Será que eles não sabiam que não era eles?
  5. E o que Judas estava pensando quando fez a mesma pergunta?
  6. Por que você acha que Jesus decidiu que era necessário anunciar a traição nesse momento preciso?
  7. Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Judas teve uma escapatória

Quando eu era um novo crente, com frequência me perguntava por que Judas não foi salvo, uma vez que ele manifestou tanto remorso que chegou a se suicidar. Mas conforme fui crescendo no Senhor, aprendi que o remorso não é exatamente a mesma coisa que o arrependimento.

A verdade é que Jesus lhe ofereceu muitas oportunidades de não cometer esse pecado horrível, ou de se arrepender de tê-lo cometido.

Inclusive na Última Ceia, Jesus propositadamente lhe mostrou que sabia o que estava prestes a fazer. As palavras "sim, é você" deveriam ter sido suficientes para arrancá-lo de seu pecado. Ele devia saber que Jesus já sabia de tudo. Mas nada disso o deteve.

Mas tarde, depois que o Sinédrio condenou Jesus injustamente, ele sentiu tanto remorso que foi devolver o dinheiro aos principais sacerdotes. Mas isso se tratava de um simples remorso e não de um arrependimento verdadeiro. Ele poderia ter vindo perante Jesus para confessar o seu pecado e pedir perdão.

Uma vez que ele teve a "coragem" de tirar a própria vida, é obvio que ele poderia ter sofrido com Jesus, falando em Sua defesa.

Ao longo da minha vida como cristão, tenho tido o privilégio de andar junto a alguns que em dado momento se desviaram muito da fé, que cometeram ou estavam prestes a cometer pecados cujas consequências pareciam irremediáveis. Embora todos expressassem profundo remorso, a maioria estava decidida a pecar mesmo assim, como se não houvesse outra opção. É reconfortante saber que Jesus deu a Judas uma escapatória; ele simplesmente não a aceitou.

Semana 13 Dia 3
26:26-35

  1. Uma vez que Jesus declarou que nossa adoração e relacionamento com Deus ocorrem "em espírito e em verdade" (João 4:23), o local, o edifício e os rituais realmente não são muito importantes. Por que, então, ele instituiu a Ceia do Senhor?
  2. Em ambas as ocasiões – quando ele olhou para o pão e disse "isto é o meu corpo", e depois quando ele pegou o copo dizendo, "isto é o meu sangue" – Jesus deu graças antes de consumir os alimentos. Em que sentido ele deu graças?
  3. Hoje, quando comemos do pão e bebemos do copo durante a nossa sagrada comunhão, como podemos imitar a Jesus dando graças?
  4. Reflita sobre a seguinte pergunta: Não teria sido mais apropriado se Jesus tivesse pegado um pedaço do cordeiro ao dizer, "Isto é o meu corpo"? No final das contas, Ele é o Cordeiro Pascal! Por que Ele escolheu usar o pão como símbolo?
  5. Acreditamos que o propósito da Ceia do Senhor é servir como um "lembrete", não para recriar o evento em si. No entanto, cada vez que comemos e bebemos, assimilando os elementos, como essas ações podem nos ajudar a "lembrar"? O que devemos lembrar?
  6. Jesus também chama nossa atenção para o dia em que Ele beberá novamente no reino de Deus. Quão diferente será essa festa celestial da última festa em que Ele bebeu na terra?
  7. A igreja do Novo Testamento tem continuado a "lembrar" a Ceia do Senhor como parte de uma refeição comunitária, e não como uma refeição individual. Qual é a importância dessa verdade?
  8. Eu acho que nesse momento os discípulos já tinham uma percepção crescente da realidade do sofrimento e da morte de Jesus. Se você fosse um dos discípulos que ouviu Jesus dizer que "todos vós esta noite vos escandalizareis em mim", você teria reagido da mesma forma que Pedro e os outros discípulos? Por que ou por que não?
  9. Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Ao pé da cruz de Cristo

Como parte da nossa reflexão de hoje sobre a Ceia do Senhor, eu os convido a refletir sobre um dos hinos mais apropriados para isso.

"Ao pé da cruz de Cristo" foi escrito pela Sra. Clephane em 1868, um ano antes de sua morte prematura aos trinta e nove anos. Ela escreveu oito hinos, todos publicados postumamente. Além deste, o único que ainda se canta com frequência é "Noventa e nove ovelhas".

Ao pé da cruz de Cristo

  1. Ao pé da cruz de Cristo, feliz desejo estar,
    Repouso ter à sombra ali, e então a paz gozar;
    Um lar feliz no ermo achar, e aqui, na vida , o amor;
    Alívio à dor e graça há aos pés do meu Senhor.
  2. Ao pé da cruz de Cristo, aqui e no jardim,
    Eu vejo a dor cruel em que Jesus morreu por mim.
    Compreendo, então, quão débil sou, quão mau e sem valor;
    Compreendo, sim, quão grande é o Seu sagrado amor.
  3. Estar eu quero à sombra da cruz, bendita cruz!
    Eu posso ali obter perdão e estar junto a Jesus.
    Eu posso então certeza ter do amor de Deus por mim,
    E em breve irei fruir no Céu a paz do amor sem fim.

Por Elizabeth C. Clephane, 1830-1869

Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 416

Semana 13 Dia 4
26:36-46

  1. Qual foi o propósito desta oração de Jesus antes de Sua prisão?
  2. Por que Ele decidiu levar consigo Pedro, Tiago e João e compartilhar as palavras do versículo 38 somente com eles? Que resposta Ele queria ou esperava desses três?
  3. Ele obteve o que desejava?
  4. Considere as seguintes palavras de Jesus: "A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal;" (itálico acrescentado). Você já experimentou algo parecido com isso? O que estava causando Sua condição?
  5. Considere cuidadosamente as orações de Jesus e o fato de Ele ter feito a mesma oração três vezes. O que você pode aprender sobre os seguintes temas:
    1. A relação que existe entre Jesus e Deus
    2. O significado da palavra "encarnação"
    3. O que a oração significava para Jesus
    4. Como podemos aprender a orar como Ele
  6. Leia Hebreus 5:7-10. Como essa passagem o ajuda a entender melhor as orações que Jesus fez no jardim?
  7. Quando Jesus disse, "o espírito está pronto, mas a carne é fraca", Ele provavelmente se referia não só aos discípulos, mas também a Si mesmo. Como Jesus é um exemplo do poder da oração para poder enfrentar provas como a Sua?
  8. Qual teria sido a diferença se os discípulos tivessem "vigiado e orado" com Ele?
  9. Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
A oração de submissão

Um dos sermões mais poderosos que já ouvi sobre a oração foi dado por uma pessoa que compartilhou uma história dos últimos anos de vida de Henry Nouwen. Ele disse que Nouwen, antes de sua morte em 1996, estava viajando com um circo. Ele ficou impressionado com dois irmãos que fizeram uma performance incrível no trapézio e expressou sua grande admiração por um deles. O irmão respondeu que embora recebesse muitos aplausos ao balançar de um lado para o outro e parecesse um herói, o verdadeiro herói era seu irmão. O único que ele fazia era balançar e estender os braços para que seu irmão o agarrasse. Era só isso: estender os braços e confiar que seu irmão o agarraria. Ele também disse que se ele tentasse fazer mais (por ejemplo, tentar agarrar as mãos do irmão) estaria em apuros! Nouwen viu nisso uma imagem perfeita do que é a oração.

O que realmente fazemos quando oramos é largar, uma por uma, todas as coisas que as nossas mãos querem agarrar: nossa ansiedade, nossos planos, o que achamos que deveria acontecer e até mesmo os prazos em que pensamos que as coisas deveriam acontecer. E se realmente conseguirmos, mediante a oração, soltar tudo o que amamos, o único que teremos que fazer é estender as nossas mãos vazias e deixar que Deus nos agarre.

E embora os dois irmãos no trapézio sem dúvida tivessem cometido erros em sua execução, nosso Deus nunca o fará!

Semana 13 Dia 5
26:47-56

  1. Em sua opinião (ou de acordo com a sua experiência), que tipo de traição é a mais vil e dolorosa de todas?
  2. Como Hebreus 2:17 pode nos ajudar a entender por que Jesus teve que ser traído com um beijo?
  3. João 18:10 nos diz que o discípulo que puxou a espada foi Pedro. Por que ele estava carregando uma espada? O que ele esperava que Jesus fizesse enquanto ele O defendia? Jesus aproveitou essa oportunidade para fugir? Porque não? (Leia suas últimas palavras no v. 56.)
  4. Por que Jesus escolheu esse momento para dizer, "porque todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão"? Muitos usam este versículo para defender o pacifismo. Você concorda? Por que ou por que não?
  5. Jesus perguntou: "Sou eu o líder de uma rebelião …" O que isso nos diz sobre a forma de agir de Jesus e Sua missão? Como podemos imitá-Lo?
  6. "Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram". Como foi possível que Pedro, João, Tiago e os outros discípulos abandonássem Jesus? Eles não tinham jurado poucas horas antes que não O abandonariam (v. 35)?
  7. Pense novamente sobre a seguinte pergunta: O resultado teria sido diferente se eles tivessem se juntado a Jesus em oração no jardim?
  8. Por que eles não fizeram isso?
  9. Quão importânte é vigiar e orar, especialmente estamos preparando para enfrentar uma crise?
  10. Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Quando a gente olha para traz, enxerga tudo

É muito certo que é mais fácil enxergar os erros que cometemos depois de ter passado a crise. No entanto, não posso deixar de pensar sobre o que teria acontecido se os discípulos tivessem conseguido ficar acordados, orar e vigiar com Jesus no Jardim do Getsêmani.

A razão que Jesus conseguiu ficar acordado para vigiar e orar enquanto os discípulos não conseguiram não tem nada a ver com o cansaço que cada um sentia. De fato, é impossível que Jesus não estivesse mais cansado do que eles, exausto a ponto de morrer. A diferença também não tem nada a ver com a Sua divindade. A diferença se encontra no fato de Jesus ter conhecido e percebido a seriedade daquele momento, ciente de que a salvação de toda a humanidade estava em jogo. Tudo dependia de se Ele cumpriria ou não a Sua missão em plena obediência ao pai. Se os discípulos tivessem não só acreditado nas palavras de seu Mestre, mas também compartilhado os Seus sentimentos, eles teriam vigiado e orado com Ele.

E se eles o tivessem feito, Jesus ainda teria precisado passar por toda a tortura, zombaria e Sua eventual morte na cruz para que a obra de salvação ocorresse. A diferença teria sido que os discípulos, em vez de fugir e se esconder, O teriam seguido até a cruz. Claro, segundo a onisciência de Deus, a razão pela qual eles foram poupados era para que fossem testemunhas de Sua morte e ressurreição. No final, cada um desses onze teve que enfrentar a sua própria morte e, para alguns deles, uma morte na cruz.

Nós, assim como os discípulos, não sabemos o que o amanhã trará; No entanto, se formos capazes de vigiar e orar com frequência, não entraremos em pânico (como os discípulos) diante de uma crise ou prova.

Semana 13 Dia 6
26:57-68

  1. Ao ler esta porção das escrituras, pense nas palavras que você usaria para descrever o ambiente.
  2. Que palavras usaria para descrever estes líderes religiosos?
  3. Estes líderes, os quais estavam determinados em seu propósito de matar Jesus, tentaram legitimar seu crime ao realizar um julgamento que incluia duas ou três testemunhas, conforme previsto na Lei de Moisés. Que tipo de falsos testemunhos eles procuravam para poderem matar Jesus?
  4. Por que Jesus permaneceu em silêncio diante desses falsos testemunhos, os quais Ele certamente poderia ter refutado, mas quando foi questionado sobre Sua identidade, Ele imediatamente respondeu em termos inequívocos, e até ofereceu mais informação do que eles haviam pedido?
  5. Por que o sumo sacerdote acusou Jesus de ter blasfemado? De que outra forma ele poderia ter reagido?
  6. Quais são os pecados que esses líderes religiosos cometeram?
  7. Quais são os pecados que cometeu o resto da multidão que abusou fisicamente de Jesus?
  8. Por que Pedro, em vez de fugir e se esconder, escolheu sentar-se "com os guardas"? O que isso lhe diz sobre Pedro?
  9. Pedro estava sentado assistindo a todos os acontecimentos. Como ele teria se sentido? O que teria passado pela sua mente?
  10. De todos os personagens humanos mencionados acima, com quem você mais se identifica?
  11. Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
O pseudotribunal

Deixe-me compartilhar com você o seguinte e-mail que recebi esta semana de um amigo meu, um pastor aposentado chamado David Miller.

Esta corrente de oração está convocando TODOS os cristãos a intercederem AGORA MESMO por este pastor iraniano que enfrenta a execução!

O pastor Youcef Nadarkhani, quem nunca praticou a fé muçulmana, se converteu ao cristianismo aos 19 anos. Mais tarde, ele se tornou pastor. Mas os tribunais dizem que, uma vez que sua mãe e seu pai eram muçulmanos praticantes, ele deveria renunciar à fé cristã ou morrer. Até agora, depois de três audiências, ele tem se recusado a fazê-lo, E POR ISSO ESTÁ EM PERIGO IMINENTE DE EXECUÇÃO. A Suprema Corte do Irã normalmente não demora em executar a pena de morte.

De acordo com certo relatório, quando os juízes pediram que ele "se arrependesse", Youcef respondeu: "Arrepender-me? A que devo voltar? À blasfêmia que eu tinha antes de crer em Cristo? "

Os juízes responderam: "À religião de seus antepassados: ao Islã." Yousef respondeu: "Não posso".

Já é hora que o corpo de Cristo aja, ore e implore diante de Cristo pela vida do nosso irmão, para que Seu servo seja preservado.

Estamos pedindo que façam o seguinte: Assim que você receber este e-mail, ORE IMEDIATAMENTE. Envie-o à sua igreja para que os membros também orem. Em seguida, envie este PEDIDO DE ORAÇÃO a cada CRISTÃO que você conhece para que cada um deles possa orar também. A Bíblia diz: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?".17 de março de 2012

Semana 13 Dia 7
26:69-75

  1. Você consegue escolher uma só palavra para descrever o ambiente daquela noite?
  2. Qual era a intenção de Pedro em estar naquele lugar, apesar do grande risco que corria?
  3. Ele estava ciente da possibilidade de as pessoas o reconhecerem? Ele estava preparado para esse tipo de confrontação?
  4. Quer estivesse preparado ou não, ele de fato foi reconhecido e confrontado. Qual seria a importância dos seguintes detalhes?
    1. a evolução dos confrontos, duas vezes pelas criadas, depois uma vez pelos observadores
    2. além disso, a evolução da resposta de Pedro
  5. Por que Jesus o tinha advertido sobre sua negação?
  6. Que impacto essa negação pode ter tido sobre Pedro a curto prazo? E a longo prazo?
  7. Você já teve alguma experiência parecida com a de Pedro?
  8. Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Eu era Pedro

Wang Ming Dao foi um dos líderes cristãos mais influentes na curta história da Igreja chinesa. Sua adesão inabalável aos ensinos da Bíblia lhe rendeu ataques e sofrimentos durante todo o seu ministério na China, tanto durante a ocupação japonesa quanto nos anos seguintes.

É verdade que no auge do seu sofrimento ele assinou uma confissão na qual renunciou à sua fé, talvez para salvar a sua esposa, que estava muito doente na prisão, ou talvez, como alega outra fonte, devido ao medo de ser executado em 1956.

Mas após a sua libertação, ele se encontrou num estado de total quebrantamento. Ele se comparava con Pedro, por ter negado o seu Senhor, e também com Judas, por ter traído seu Mestre. Foi durante esse tempo de desespero que ele se lembrou de certa passagem de Miquéias 7:7-9 que o tinha ajudado em sua juventude:

"Mas, quanto a mim,
ficarei atento ao Senhor,
esperando em Deus, o meu Salvador,
pois o meu Deus me ouvirá.

Não se alegre a minha inimiga
com a minha desgraça.
Embora eu tenha caído,
eu me levantarei.
Embora eu esteja morando nas trevas,
o Senhor será a minha luz.

Por eu ter pecado contra o Senhor,
suportarei a sua ira
até que ele apresente a minha defesa
e estabeleça o meu direito.
Ele me fará sair para a luz;
contemplarei a sua justiça." (NVI-PT)

De fato, assim como Pedro, depois que ele "se converteu" (Lucas 22:32) ele pôde fortalecer os seus irmãos, tornando-se um grande encorajamento cujo impacto foi sentido para além da igreja atribulada na China.

Quando Billy Graham o visitou em 1988, Dao o encorajou com as seguintes palavras de Apocalipse 2:10, "Seja fiel até a morte".

Semana 14 Dia 1
27:1-10

  1. Os líderes religiosos tinham decidido há muito se livrarem de Jesus, mas sua decisão recebeu caráter oficial nesse pseudotribunal. A única coisa que faltava era torná-lo legítimo aos olhos da lei (romana). Por que um sentimento de remorso teria surgido em Judas naquele momento? Será que ele não esperava que fariam isso quando recebeu deles o "dinheiro sujo"?
  2. O que ele fez com o dinheiro? Com base naquilo que ele disse e fez, que tipo de pessoa você acha que ele era? Já era "tarde demais" para ele se arrepender?
  3. Por que os principais sacerdotes e os anciãos não tiveram o mesmo sentimento de remorso, nem mesmo quando foram confrontados pela mudança de opinião de Judas?
  4. A última reação de Judas à sua culpa foi enforcar-se. Isso foi um ato de arrependimento?
  5. Que outras opções ele tinha?
    1. Enfrentar seus pecados e ir a Jesus e seus companheiros para pedir perdão?
    2. Preparar-se para defender Jesus no tribunal?
    3. Qualquer outra opção que não fosse suicidar-se?
    4. Por que ele não escolheu nenhuma das opções acima?
  6. No contexto das ações de Judas, você consegue definir o que é o arrependimento, e o que não é?
  7. Com base na forma que os principais sacerdotes lidaram com o "dinheiro sujo", o que você pode aprender sobre a pecaminosidade desse comportamento dos fariseus?
  8. Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Buscar a vontade de deus

Certa vez, enquanto eu conversava com uma pessoa que estava pensando em se dedicar a ao ministério do evangelho em tempo integral, ele me disse que havia sido instruído a buscar conselho do maior número possível de pessoas.

Eu entendo que precisamos ser confirmados pela comunidade de fé para saber se realmente somos chamados por Deus. No entanto, em última análise, o fator decisivo não é a opinião de outras pessoas, mesmo se fosse a opinião de Billy Graham, mas a confirmação que o próprio Deus põe em nossos corações.

Aliás, quanto mais buscarmos a opinião dos outros, mais inquietos e inseguros nos tornaremos. Isso nos faz pensar mais uma vez neste poderoso lembrete que Isaías deu ao rei Ezequias:

"Diz o Soberano, o Senhor, o Santo de Israel:
'No arrependimento e no descanso
está a salvação de vocês,
na quietude e na confiança
está o seu vigor…' " (NVI-PT). (Isa. 30:15)

Deus não brinca conosco. Seu trabalho é recrutar trabalhadores para Sua colheita (Mateus 9:38), e talvez até com urgência. Você não acha que faz sentido que se Ele nos chamou ao ministério do evangelho em tempo integral, Ele estará mais ansioso do que nós para assegurar-se de que compreendamos claramente Seu chamado? Por que Ele brincaria de esconde-esconde conosco? Quando não entendemos claramente a Sua vontade, nossa confusão geralmente se deve a nossas próprias preferências, nossos próprios desejos, motivos ou planos egocêntricos. Essas coisas são como nuvens que escondem o sol. Mas quando passamos muito tempo em oração e meditação sobre as Escrituras, como um processo de submissão, a fim de nos arrepender de tudo o que for egocêntrico, podemos ver o sol como ele é.

Semana 14 Dia 2
27:11-26

  1. Como Pilatos se dirige a Jesus publicamente nesta seção? Por que?
  2. Pilatos realmente acreditava que Jesus era o "Rei dos Judeus" e o "Cristo"?
  3. Como ele podia ter certeza? Jesus se comportava como um rei, ou parecia um rei? Porque não?
  4. Mateus diz que os sacerdotes haviam acusado Jesus por inveja. De que eles tinham inveja? À luz disso, o que você pode aprender sobre o poder destrutivo da inveja?
  5. A Bíblia diz que o próprio Pilatos ficou muito impressionado com Jesus. No entanto, apesar de ele ter tentado libertá-Lo, os apóstolos o consideram responsável pela morte de Jesus (vide Atos 4:27). Qual foi, então, o pecado de Pilatos (especialmente à luz do conselho que sua esposa lhe deu)?
  6. Embora esta multidão possa não ter sido a mesma que recebeu Jesus quando Ele entrou em Jerusalém (capítulo 21), o povo e os sacerdotes teriam esperado a chegada gloriosa de Jesus como seu Messias, ou pelo menos O teriam considerado um grande profeta (21:46). Por que agora eles mudaram totalmente de tom e até desejam a Sua morte? Que tipo de pecado era o deles?
  7. Um assassino muito notório foi libertado às custas do Rei dos Judeus. Qual é a importância desse detalhe?
  8. Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
O poder destrutivo da inveja

À primeira vista, pode parecer que os líderes religiosos estavam decididos a matar Jesus porque acreditavam que ele havia cometido blasfêmia ao se proclamar Filho de Deus. Por isso, embora estivessem sujeitos à lei romana, eles consideravam que a lei de Moisés sempre prevalecia contra a lei humana, em qualquer circunstância, especialmente quando se tratava de blasfêmia contra Deus. Sabemos que essa é precisamente a mentalidade dos extremistas muçulmanos quando consideram que seu profeta Maomé está sendo blasfemado. Não é problema para eles fazerem a justiça à Sharia pelas próprias mãos.

No entanto, a Bíblia salienta várias vezes que aqueles que perseguiram Jesus e seus seguidores o fizeram por inveja (Mateus 27:18; Atos 5:17; 13:45).

É muito possível que seus ataques iniciais contra Jesus e seus seguidores tenham sido motivados pelo seu zelo pela Lei e (talvez) até mesmo por Deus. No entanto, depois de serem confrontados com a verdade incontestável das curas e sinais milagrosos, da vida impecável de Cristo e Sua poderosa pregação, eles teriam sido obrigados a reavaliar a sua posição (se tivessem corações retos). Além disso, ao testemunharem a rotura da cortina do templo, o terremoto e a ressurreição de alguns dos mortos, eles deveriam ter se perguntado se realmente tinham feito a coisa certa. E isso sem mencionar que eles receberam um relato em primeira mão dos guardas de que viram um anjo remover a pedra do túmulo de Jesus. Mas apesar de tudo isso, eles permaneceram obstinados em seu caminho errado. Por quê? A resposta é que eles permitiram que a sua inveja dominasse não só o seu raciocínio, mas também a sua consciência. De fato, a inveja é poderosíssima para destruir. Tenho visto isso acontecer repetidamente na política da igreja.

Quer seja a nomeação de um novo pastor, a remodelação ou realocalização da igreja, ou emendas à constituição ou estatutos da igreja, o que começa como um desacordo sensato muitas vezes degenera em ataques irracionais, os quais infelizmente aparecem muitas vezes disfarçados de palavras espirituais ou até mesmo de citações da Bíblia. Os verdadeiros motivos de muitas das brigas que já vi em igrejas, ou daquelas em que me pediram intervir, são a inveja e o sentimento de ter sido humilhado. Se nós somos culpados disso, que Deus seja misericordioso e permita que nos humilhemos antes de nos tornarmos os verdadeiros blasfemadores. Por outro lado, se somos as vítimas do poder destrutivo da inveja, sigamos o exemplo da mansidão de Cristo. Embora Ele pudesse ter pedido ao Pai que enviasse 12 legiões de anjos para libertá-Lo, Ele preferiu guardar silêncio e aguardar a vindicação conforme o plano do Pai, a qual chegaria na hora estabelecida pelo Pai.

Semana 14 Dia 3
27:27-37

Alguns dos crimes mais horríveis já cometidos ao longo da história têm sido aqueles cometidos contra os inocentes por pessoas com autoridade, que abusam do seu poder. Ao sofrer nas mãos desses soldados romanos, conhecidos por serem bandidos, Jesus, o Deus Criador, expressou a Sua solidariedade para com aqueles que são maltratados desta forma.

  1. Esta passagem detalha a zombaria e os insultos infligidos pelos soldados ao nosso Senhor:
    1. Que tipo de brincadeira eles estavam fazendo com Jesus?
    2. Por que eles O despiram antes de colocar sobre Ele o manto vermelho?
    3. Qual foi o seu objetivo ao tecer uma coroa e colocá-la na cabeça de Jesus?
    4. Imagine que você estivesse assistindo esses eventos. Qual teria sido o momento mais insultante?
    5. Por que eles fariam isso com Jesus?
    6. Como soldados, qual devia ser o seu trabalho? Eles foram longe de mais? Por quê?
  2. Leia a profecia expressa no Salmo 22:12 e descreva como você teria se sentido se fosse Jesus Cristo, o Deus Criador, nas mãos de pecadores vis como esses soldados romanos.
  3. Quanto você sabe sobre o procedimento cruel usado na crucificação? Tente descrevê-lo.
  4. As Escrituras não dão muitos detalhes sobre o horrível processo da crucificação. Você pode imaginar por quê?
  5. Você acha que o incidente que envolveu Simão de Cirene foi um acidente? Qual foi o propósito desse evento (a) para Jesus, (b) para Simão e (c) para nós hoje (quer dizer, o que nos ensina sobre o que significa carregar a cruz)?
  6. Como seria o sabor de vinho misturado com fel? Qual poderia ser o significado simbólico desta experiência de Jesus?
  7. Que tipo de ação era a divisão das roupas do prisioneiro? Quando fizeram isso com as roupas de Jesus, qual poderia ter sido o significado adicional?
  8. Embora a inscrição que Pilatos mandou fazer sobre a identidade de Jesus talvez tenha sido o seu jeito de ridicularizar os judeus, acabou sendo uma descrição precisa de quem Ele era. O que essa inscrição na cruz de Jesus significa para você?
  9. Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode responder diante do sofrimento e o amor de Cristo?
Reflexão Meditativa
Morte por crucificação

Não havia morte mais terrível do que a morte por crucificação. Até os próprios romanos estremeciam com horror quando a contemplavam. Cícero declarou ser ela "a morte mais cruel e terrível". Tácito disse que era uma morte desprezível. A prática surgiu originalmente como um método persa de execução. Talvez tenha surgido por que os persas consideravam a terra sagrada e queriam evitar sua contaminação com o corpo do malfeitor. Por isso o pregavam numa cruz e o abandonavam à morte, deixando para os abutres e corvos necrófagos a tarefa de acabar com ele. Os cartagineses aprenderam com os persas o método de crucificação, e os romanos o aprenderam dos cartagineses.

A crucificação nunca foi usada como método de execução dentro do território romano, somente nas províncias, e mesmo nas províncias, era usado somente para matar escravos. Era impensável que um cidadão romano fosse executado dessa forma. Cícero disse: "É um crime amarrar um cidadão romano; é um crime ainda pior espancá-lo; é quase um patricídio matá-lo; e que diria se fosse morto numa cruz? Nenhuma palavra é capaz de descrever uma ação tão nefasta, uma vez que não existe nenhuma palavra adequada para sua descrição." Esse foi s tipo de morte que Jesus sofreu, a morte mais temida do mundo antigo, aquela que estava reservada aos escravos e criminosos.

O procedimento que se seguia para a crucificação era sempre o mesmo. Depois de examinar o caso e condenar o criminoso, o juiz pronunciava a sentença fatal: "Íbis ad crucem" ("Irás para a cruz"). O veredicto era executado imediatamente. O condenado era colocado no centro de um quaternion, uma companhia de quatro soldados romanos. Sua própria cruz era colocada em seus ombros. É preciso lembrar o quão terrível era a flagelação que sempre antecedia à crucificação. Com frequência era necessário chicotear e incitar o criminoso ao longo do caminho, a fim de mantê-lo de pé enquanto ele cambaleava até o local onde seria crucificado. À sua frente andava um oficial com uma faixa na qual estava escrito o crime pelo qual iria morrer, e o condenado era conduzido pelo maior número de ruas possível a caminho de sua execução. Havia um duplo propósito nisso. O objetivo mais sombrio era que o maior número possível de pessoas soubesse o seu destino e fosse advertido. Mas também havia um objetivo misericordioso. A faixa era carregada na frente do condenado e era usado o trajeto mais longo para que qualquer pessoa que ainda pudesse testemunhar à seu favor pudesse se apresentar e testemunhar. Nesse caso, a procissão seria interrompida e o caso seria examinado novamente.

William Barclay

Semana 14 Dia 4
27:38-50

  1. Já sabemos quais foram as duas reações diferentes dos dois ladrões que também estavam pregados em suas respectivas cruzes. Como se pode explicar essas diferentes reações? Que tipo de pecado foi cometido pelo ladrão impenitente?
  2. Nos vv. 39-44, Mateus descreve a zombaria dos transeuntes. Considere as seguintes perguntas:
    1. O que os teria induzido a zombar de uma pessoa moribunda?
    2. Por que eles balançavam a cabeça?
    3. Como eles desafiavam Jesus?
    4. Por que Mateus os descreve com a expressão "os que passavam"? Que tipo de pecado eles cometeram?
  3. Os principais sacerdotes e líderes já haviam alcançado o seu objetivo. Por que eles insultariam Jesus? Como eles desafiavam Jesus? Que tipo de pecado eles cometeram?
  4. Embora os escritores do evangelho não tenham falado muito sobre os sofrimentos físicos de Cristo, eles deixaram um registro das Sete Últimas Palavras de Jesus. Nesta passagem, Mateus inclui a Sua quarta palavra na cruz (e, de forma indireta, a sétima – vide Lucas 23:46). O que isso o ensina sobre o sofrimento de Cristo?
  5. Você se identificou numa das diversas categorias de pecadores mencionadas acima? A que categoria você pertence? Por quê?
  6. Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Como pode ser?

Como parte de nossa reflexão sobre o sofrimento de nosso Senhor, eu o convido hoje a refletir cuidadosamente sobre a letra deste maravilhoso hino de Charles Wesley:

  1. E como foi que eu ganhei
    Porção no sangue de Jesus?
    Morreu por mim, que O fiz sofrer,
    E persegui até a cruz?
    Grandioso amor! Que ocorreu?
    Por mim morreste, ó meu Deus?
    Grandioso amor! Que ocorreu?
    Por mim morreste, ó meu Deus?
  2. Mistério: Morre o Imortal!
    Quem vai tal plano perscrutar?
    Tenta em vão o serafim
    O Divinal amor sondar.
    Oh, que mercê! Terra, adorai!
    Cessai, ó anjos, de indagar!
    Oh, que mercê! Terra, adorai!
    Cessai, ó anjos, de indagar!
  3. O trono de Seu Pai deixou –
    Gratuita graça é sem fim;
    Se despojou, mas não do amor,
    Sangrou por todos nós assim.
    Misericórdia sem igual,
    Ó Deus, achou-me afinal.
    Misericórdia sem igual,
    Ó Deus, achou-me afinal.
  4. Meu pobre espír'to em prisão
    Pecado e trevas só provou,
    Mas Teu olhar o reviveu,
    Meu calabouço iluminou;
    Liberto foi meu coração,
    Ergui-me e Te segui então.
    Liberto foi meu coração,
    Ergui-me e Te segui então.
  5. Condenação não temo mais,
    Jesus, e tudo Nele, é meu;
    É meu Cabeça, vivo estou,
    Pois com justiça me envolveu.
    Ao trono ouso me achegar,
    Por Cristo, o prêmio a clamar.
    Ao trono ouso me achegar,
    Por Cristo, o prêmio a clamar.

Charles Wesley 1707-1788

"Como pode ser?" – A história de Charles Wesley

Semana 14 Dia 5
27:51-66

  1. O que significa o fato de o véu do santuário ter se rasgado (de cima para baixo)? (vide Hebreus 10:19-20)
  2. O que você teria pensado se fosse um dos sacerdotes que testemunharam esse evento?
  3. Leia nos vv. 52-53 as coisas extraordinárias que aconteceram. Essas coisas tinham que acontecer? Por que ou por que não?
  4. Por que o centurião, junto com os outros que estavam guardando Jesus, teria exclamado: "Verdadeiramente este era o Filho de Deus!"?
  5. Como os principais sacerdotes e fariseus reagiram diante desses fenômenos surpreendentes? Por quê?
  6. Mateus menciona as mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galiléia até o pé da cruz. Como você descreveria o relacionamento que elas tinham com Jesus e o papel que tiveram na paixão de Cristo?
  7. Contraste o sepultamento que José e Nicodemos deram a Jesus com aquilo que Maria de Betânia fez em 26:6-13? Ambas as ações são louváveis, você não acha? Qual delas foi a mais significativa e por quê? Como você pode aplicar isso à sua vida?
  8. Portanto, qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
A conversão dos mais improváveis

Através da minha leitura de alguns dos materiais históricos mais confiáveis sobre os soldados romanos que estavam estacionados nas proximidades de Jerusalém, descobri que eram de ascendência germânica.

Tenho muita curiosidade sobre o impacto mundial da crucificação, até mesmo na época de Jesus. As pessoas da época a teriam considerado um assunto interno dos judeus, um resultado de disputas religiosas que mostravam o fanatismo dos principais líderes do judaísmo (não diferente do que vemos hoje no mundo islâmico). O mundo romano não teria pensado mais sobre esse evento se não fosse pela presença e conversão desses soldados romanos, uma vez que, segundo Mateus, o centurião não foi o único deles que creu.

Não é necessário estudar muito o que as tradições dizem (ou especulam) sobre esses homens de ascendência germânica. Uma vez que se tornaram crentes, eles teriam dado credibilidade ao evangelho depois de terem voltado paro os seus lugares de origem ou de terem sido transferidos para outras colônias do Império Romano; e mais tarde esse evangelho se alastraria por todo o império. Afinal de contas, eles eram testemunhas oculares.

O Senhor foi capaz de usar até mesmo estes bandidos implacáveis e crueis. Mas não é assim que o Senhor sempre trabalha? Uns poucos anos depois, um homem cruel chamado Saul, cujas mãos estavam manchadas de sangue, se converteria no apóstolo mais importante de todos, aquele que foi responsável por levar o evangelho às próprias cidadelas do Império Romano.

Semana 14 Dia 6
28:1-10

  1. Tente descrever as emoções destas mulheres que tinham crido em Jesus, tendo-O seguido desde a Galiléia.
  2. Por que as mulheres ousariam entrar no cemitério tão cedo? O que elas queriam fazer? Elas sabiam se o que queriam fazer era possível? Como você descreveria suas ações? Elas estavam sendo insensatas? Existe alguma outra explicação?
  3. O momento exato em que o terremoto ocorreu não é mencionado; no entanto, parece que foi um pouco antes da chegada das mulheres, ou no mesmo momento em que elas chegaram.
    1. Com que propósito a pedra foi removida?
    2. Quem viu o anjo?
  4. As mensagens do anjo para as mulheres incluíam os seguintes detalhes:
    1. "Não tenham medo!": Quanto medo elas teriam sentido durante os três dias anteriores?
    2. Cristo ressuscitou como tinha dito: O que isso significa? Elas podiam acreditar? Por quê?
    3. "Venham ver o sepulcro vazio": O que significa o fato de o sepulcro estar vazio?
    4. "Diga aos discípulos que o encontrem na Galiléia": Por que ele não deu essa instrução diretamente aos discípulos?
    5. Como as mulheres responderam a estas mensagens?
  5. Uma vez que o anjo já havia cumprido sua tarefa, por que Jesus decidiu aparecer diante delas novamente e dizer essencialmente a mesma coisa?
  6. Quão diferente foi a resposta das mulheres desta vez?
  7. Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Os acontecimentos da manhã de Páscoa

Talvez seja útil reunir os dados dos relatos dos quatro evangelhos para determinar a sequência dos eventos que aconteceram na manhã da Páscoa:

  • Cedo de manhã, as mulheres foram ao sepulcro de Jesus para ungir Seu corpo. (Marcos 16:2-3 e Lucas 24:1)
  • As três mulheres eram María Magdalena, María (mãe de Santiago) e Salomé, seguidas de outras mulheres. (Marcos 16:1 e Lucas 24:10)
  • As três mulheres descobriram que um anjo já tinha rolado a pedra (Mt 28:2).
  • Maria Magdalena correu para avisar Pedro e João, os quais correram em direção ao sepulcro. (João 20:2-4)
  • Um pouco depois, Maria (a mãe de Tiago), Salomé e as outras mulheres foram ao sepulcro, entraram e viram anjos que lhesasseguraram que Jesus havia ressuscitado. Elas correram cheias de alegria e de medo para informar os discípulos (Mateus 28:8).
  • Pedro e João chegaram e viram o sepulcro vazio, sem entender o que havia acontecido; depois eles foram embora (Jo. 20:4-10)
  • Maria Magdalena voltou ao sepulcro (chegando depois de Pedro e João) e ficou lá chorando; foi então que Jesus se revelou a ela (João 20:11-18).
  • Quando as outras mulheres voltaram para contar tudo aos discípulos, Jesus apareceu a elas (Mt 28:9-10).

O que é bastante óbvio é que, enquanto os discípulos tiveram que estar preocupados e consternados um pouco mais, todas as mulheres viram Jesus naquela mesma manhã da ressurreição. Acredito que o Senhor tem prazer em recompensar aqueles que têm uma fé simples, especialmente aqueles que O amam.

Semana 14 Dia 7
28:11-20

  1. O testemunho dos guardas não foi suficiente para despertar os chefes dos sacerdotes? O que mais eles achavam que precisavam para acreditar?
  2. Qual é a lição sobre a incredulidade que podemos aprender disso?
  3. Do ponto de vista objetivo, como seria possível refutar a história que eles inventaram para acusar os discípulos de terem roubado o corpo de Jesus?
  4. Sabemos que os discípulos não foram imediatamente para a Galiléia (vide João 20:19-28). Em sua opinião, qual pode ter sido o motivo disso?
  5. Por que Jesus decidiu se encontrar com eles na Galiléia depois de Sua ressurreição?
  6. Depois de terem visto o Cristo ressuscitado, o que eles fizeram quando O encontraram? O que isso lhe ensina sobre o novo relacionamento que tinham com Cristo?
  7. Agora eles podiam ver, tocar e falar com o Cristo ressuscitado. Por que, então, alguns deles ainda duvidavam? Sobre o que eles duvidavam?
  8. Encontramos a resposta à pergunta anterior na resposta de Jesus, especialmente na primeira e na última parte dela.
    1. Como Jesus prefacia Sua Grande Comissão?
    2. Com que frase Ele encerra a apresentação de Sua Grande Comissão?
  9. Qual a importância do uso da palavra "portanto" para relacionar as duas idéias?
  10. O verbo principal da Grande Comissão é "fazer discípulos", o qual aparece junto com os seguintes particípios (gregos):
    1. indo
    2. batizando
    3. ensinando

À luz disso, como você deve entender qual é o núcleo da Grande Comissão?
Quais serão as implicações para nós se buscarmos cumprir fielmente a Grande Comissão?
Como esta compreensão pode afetar a forma em que você e sua igreja praticam o "evangelismo"?

  1. No mandamento sobre o batismo, Jesus usa a forma singular da palavra "nome" para se referir aos nomes do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Qual é o significado teológico do fato de Ele ter usado a forma singular aqui?
  2. Qual é o propósito de Mateus ao encerrar assim o seu relato do evangelho de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão (Mateus 1:1)?
  3. Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Eu estarei sempre com vocês

É extremamente desconcertante ler que ainda havia céticos entre os discípulos de Jesus, mesmo depois de Ele ter ressuscitado e se mostrado a eles. Pelo menos os seguintes fatos eram inegáveis:

  • Jesus tinha morrido
  • Jesus tinha ressuscitado, assim como Ele tinha dito
  • Esta vida que Ele possui não é mais uma vida física, mas uma vida do Espírito.

Em outras palavras, Jesus mostrou que Ele era quem afirmava ser: o Filho de Deus e o Messias.

Uma vez que alguns dos discípulos ainda duvidavam, Jesus, ao dar-lhes a Grande Comissão, começa com as palavras "Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra" e termina com "E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos".

A julgar por essas palavras reconfortantes, parece que aqueles que duvidaram estavam preocupados com o seguinte:

  1. Como eles poderiam cumprir a missão de Jesus por conta própria? Eles entenderam que Jesus não estaria fisicamente presente com eles como antes. Eles não podiam mais apresentar Jesus às pessoas e deixar que Ele resolvesse todos os seus problemas e enfrentasse todos os seus desafios como antes. Eles duvidam que possam continuar com a obra de Jesus.
  2. Como eles poderiam segui-Lo de agora em diante? Já tinha sido difícil seguir Jesus, mas pelo menos isso significava que onde quer que Ele fosse, eles também iam; onde quer que Ele dormisse, eles dormiam; quando Ele parava, eles também paravam, e quando Ele se levantava, eles se levantavam. Mas agora, Jesus estava prestes a desaparecer e ser levado para o céu. Como eles poderiam segui-Lo?

Em sua essência, estas perguntas eram muito práticas; portanto, não os culparia, nem por um instante, por terem tais dúvidas. Mesmo para aqueles que não estavam duvidando naquele momento exato, levaria muito tempo descobrir e experimentar a realidade de que toda autoridade no céu e na terra de fato tinha sido dada ao Senhor, algo fariam depois de obedecer e voltar a Jerusalém. Invocar Seu nome ao expulsar demônios e batizar com o Espírito Santo são experiências poderosas que lhes dariam mais confiança em Cristo. E a comunhão contínua com o Senhor através da oração e da espera, especialmente em períodos de sofrimento, permitiria que experimentassem a realidade da presença eterna de Cristo em suas vidas.