Estabelecer um relacionamento sólido e íntimo com Deus
Cultivar uma vida cristã autêntica cujo testemunho cristão que é percebido em casa, no trabalho e na comunidade
Trabalhar em conjunto com outros cristãos com o objetivo de crescer no conhecimento e amor de Jesus Cristo

Pastor Paul Chan
O Pr. Chan, um Contador Certificado no Reino Unido e Canadá, trabalhou como contador e diretor executivo no âmbito comercial por cerca de 21 anos antes de ser chamado pelo Senhor em 1991 para ser ministro evangélico de tempo integral. Depois disso ele completou seus estudos teológicos, primeiro no Regent College (M. Div.) e depois no Eastern Baptist Seminary (D. Min.). Mais tarde ele teve a oportunidade de servir na Primeira Igreja Batista e na Igreja Lord's Grace em Vancouver antes de assumir o posto de Secretário-Geral na CCM USA. Após sua aposentadoria, ele assumiu funções pastorais interinas nas igrejas Grace Chinese Alliance Church (Concord, Califórnia) e Richmond Chinese MB Church (Richmond, BC). Durante 30 anos, sua experiência anterior em gestão e negócios lhe deu o privilégio de caminhar ao lado de homens e mulheres cristãos no mundo empresarial que visavam crescimento espiritual e relevância no local de trabalho. Essa experiência o levou a desenvolver para esses cristãos o programa de Discipulado Total Growth, um estudo de 31 semanas cujo objetivo é promover um crescimento pessoal a longo prazo. Ele também desenvolveu um Guia Devocional de Cinco Anos (disponível em inglês e chinês no site de Total Growth), um programa de estudo indutivo que percorre quase toda a Bíblia. Ele tem um casamento feliz, com dois filhos e quatro netos, e reside na Califórnia e na Colúmbia Britânica.
Estudios Bíblicos
Mateus
Semana 8 Dia 1
17:1-13
- Por que Jesus escolheu somente os seus três discípulos mais chegados para experimentar este encontro incomum, especialmente à luz do que tinha dito no versículo 16:28? (Se o que Pedro tinha dito em 16:16 e 22 representa o que todos os três estavam pensando, qual pode ter sido o propósito desta transfiguração?)
- É necessário que uma experiência espiritual especial como esta ocorra num lugar especial, como numa montanha alta?
- O que significa a palavra "transfiguração"? (vide Marcos 9:3, Lucas 9:29 e Apocalipse 1:12-16. Se você fosse um dos discípulos, como você teria se sentido ao ver Jesus em Sua forma transfigurada? Leia Isaías 53:2. Você pode formular uma definição da palavra "humildade" à luz da encarnação de Jesus?)
- Moisés foi o Legislador, e Elias com frequência era considerado um dos maiores profetas (senão o maior). O que significa o fato de ambos estarem presente neste evento?
- Mesmo que as palavras de Pedro tenham sido motivadas pela pressa e pelo medo (Marcos 9:6), o que a sua sugestão de que construíssem tendas nos ensina sobre sua mentalidade?
- O Pai pronunciou palavras semelhantes às que Ele havia dito no batismo de Jesus (vide Mt 3:17), mas com uma diferença. Qual é essa diferença e como ela pode revelar o propósito desta experiência espiritual fora do comum?
- Por que Jesus lhes ordenou que não falassem desta experiência com outras pessoas? O que teria acontecido se eles a tivessem compartilhado com os outros nove discípulos? Como estes últimos teriam se sentido?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Uma epifania
Quando experimentamos uma epifania divina, ela sempre chega de forma inesperada e é muito exigente. Observe como David Brainerd, o missionário pioneiro que trabalhou entre os índios de Nova Jersey, descreveu a sua experiência:
"Enquanto eu caminhava numa cova escura e densa, uma 'glória inefável' parecia se abrir diante da visão e compreensão de minha alma … Foi uma nova compreensão ou visão interior que eu tive de Deus; como algo que nunca havia experimentado, da qual não tinha nenhuma lembrança de ter experimentado antes. Então parei, maravilhado e admirado … Naquele momento, não tive nenhuma compreensão específica sobre uma das pessoas da Trindade, fosse ela do Pai, do Filho ou do Espírito Santo, mas parecia que o que estava vendo era glória divina e esplendor. E minha alma 'regozijou-se com alegria inefável' ao ver esse tipo de Deus, um ser divino tão glorioso, e dentro de mim eu me sentia contente e satisfeito por Ele ser Deus acima de todas as coisas para toda a eternidade. Minha alma ficou tão cativada e encantada com a excelência, a beleza e a grandeza e as demais perfeições de Deus que fui até absorvida por Ele, pelo menos tão absorvido que nem pensei, como me lembro a princípio, sobre a minha própria salvação, e dificilmente me lembrava que uma criatura como eu existia.
"Foi assim que o Senhor, creio eu, me levou a ter um desejo sincero de exaltá-Lo, de colocá-Lo no trono e de 'buscar primeiro o Seu Reino', isto é, antes de mais nada, de buscar a Sua honra e glória como Rei e soberano. do universo, o qual é o fundamento da religião de Jesus … Eu me senti como se estivesse num novo mundo (pp. 138-140)."
Isso aconteceu no Dia do Senhor, no dia 12 de julho de 1739, quando ele tinha 21 anos. Dois meses depois, ele se inscreveu na universidade de Yale para se preparar para o ministério.
Quando Pedro teve o seu encontro divino na montanha da transfiguração (Mateus 17), sua primeria e apressada reação foi construir tendas para eles. Ele queria "preservar" a experiência, esquecendo-se de que os encontros divinos não são dados para serem preservados, mas para nos preparar para uma nova obediência (Mt 17:5). E foi assim que David Brainerd obedeceu e foi estudar na Yale, onde recebeu o seu treinamento; não, não me refiro à teologia que ele aprendeu, mas à sua experiência de ser expulso de Yale por causa de seu zelo por Cristo.
Semana 8 Dia 2
17:14-21
- Por que o pai do menino não desistiu?
- De acordo com a explicação de Jesus, por que os outros nove discípulos não tinham conseguido expulsar o demônio?
- Nesse contexto, por que a "fé pequena" deles fez Jesus lamentar?
- Por que o lamento de Jesus se aplicava a toda aquela geração?
- Reflita sobre o lamento de Jesus: Quão intensa foi a Sua emoção? Por que esse incidente despertou nEle uma emoção tão profunda?
- Considere sua própria condição espiritual como discípulo de Cristo. Sua condição despertaria a mesma emoção em Jesus?
- O que queria dizer Jesus com a observação de que a geração era "incrédula e perversa"?
- Pense nisto: Se Pedro, Tiago e João tivessem estado presentes, os discípulos poderiam ter expulsado o demônio? O que você acha?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Afligir o senhor
O famoso estudioso da Bíblia Lenski escreveu o seguinte sobre a repreensão de Jesus à geração incrédula e iníqua em Mateus 17:17: "Mas o assunto central é o fracasso dos nove discípulos ao tentarem expulsar o espírito mau. A narrativa nunca enfatiza a incredulidade da multidão". (Lenski, Mateus, p. 666).
É perturbador considerar que a incredulidade e maldade dos discípulos tenham provocado tanta dor em Jesus. Mas se esse for o efeito da incredulidade dos discípulos, imagine quão pior é o efeito da nossa incredulidade hoje.
Muitas vezes me pergunto por que, dos nove discípulos, Jesus levou somente Pedro, Tiago e João para testemunhar a Sua transfiguração. Será que Jesus tinha os Seus favoritos? Uma vez que Pedro foi o porta-voz do reconhecimento de quem é Jesus (Mateus 16:16), é possível que Pedro, Tiago e João O tenham conhecido melhor do que os outros. Nesse caso, é possível que se um desses três tivesse estado com os outros nove quando o pai lhes trouxe o seu filho endemoninhado, o demônio teria sido expulso. Mas uma vez que esses três não estiveram presentes, a condição dos corações dos outros nove foi exposta.
Eles ainda eram incrédulos (apistos), não homens de pouca fé. Eles estavam simplesmente acompanhando os demais. Ao contrário de Pedro, eles ainda não tinham crido de verdade na verdadeira identidade de Jesus! Como os outros três, eles tinham estado com Jesús, e durante um tempo considerável eles tinham visto os mesmos milagres, ouvido os mesmos sermões poderosos e convivido com Ele; eles haviam testemunhado a única vida perfeita na terra. Não é de se admirar que isso tenha afligido o Senhor tão profundamente.
Pior ainda, eles eram perversos (o significado original desta palavra é "torcido"). Eles ainda eram como os fariseus e escribas; para eles, Jesus era tudo menos quem Ele realmente é! Eles O seguiam pelos motivos errados, ainda tinham as expectativas erradas sobre Ele e suas vidas ainda estavam indo na direção errada. Não é de se admirar que isso tenha afligido o Senhor tão profundamente.
No nosso caso, acho que não somos incrédulos como eles, embora possamos ser igualmente torcidos:
Nós O seguimos pelos motivos certos?
Ainda temos expectativas erradas sobre Ele?
Nossa vida continua indo na direção errada?
Essas perguntas requerem uma séria reflexão!
Semana 8 Dia 3
17:22-27
- Neste trecho, Jesus anuncia mais uma vez a Sua morte e ressurreição iminentes. Por que Ele escolheu repetir esta mensagem? Desta vez, os discípulos reagiram de forma diferente?
- Considere os três discípulos mais chegados a Jesus. Como o significado de sua experiência na montanha teria afetado a sua reação a esta mensagem?
- O relato sobre a cobrança dos impostos do templo aparece somente em Mateus. Quem era Mateus e de onde ele era?
- O governo romano tinha autorizado as autoridades judaicas a cobrarem os impostos do templo (cujo pagamento, para os 2 milhões de judeus que viviam fora de Jerusalém naquela época, era considerado não tanto um dever, mas um privilégio – de acordo com a tese de Rob Haskell apresentado no Regent College). Uma vez que o imposto supostamente era usado para a manutenção do templo, que ponto Jesus queria enfatizar com Sua pergunta a Pedro no v. 25?
- É óbvio que Jesus, por ser o Filho de Deus, estava isento. Por que, então, ele decidiu pagar?
- Jesus não tinha medo de ofender os fariseus e escribas (como, por exemplo, quando curou no sábado). Por que agora Ele decide não ofendê-los? Qual é a diferença desta vez?
- O que você pode aprender com isso, e qual é a aplicação para sua vida?
- Por que Jesus decidiu pagar o imposto com o dinheiro tirado da boca de um peixe?
- simplesmente para fazer outro milagre para Pedro
- para que, tecnicamente, Ele mesmo não estivesse pagando o imposto
- por algum outro motivo
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Uma pedra de tropeço
É interessante notar que o tema de não ser uma pedra de tropeço, traduzido mais claramente na Bíblia em inglês em Mateus 18:7, na verdade aparece um pouco antes, no capítulo 17:27 (nesta passagem sobre o pagamento do imposto do templo). William Barclay o explica assim:
"O Novo Testamento sempre dá um significado especial ao uso do verbo ofender (skandalizein) e do substantivo tropeçar (skandalon). O verbo nunca significa insultar, irritar ou ferir o orgulho de alguém. Sempre significa colocar um obstáculo em seu caminho, fazendo-o tropeçar e cair. Portanto, o que Jesus quer dizer aqui é: 'Devemos pagar o imposto para não sermos maus exemplos para os outros. Não só devemos cumprir o nosso dever; também devemos fazer além do nosso dever a fim de mostrarmos aos outros o que eles devem fazer'. Jesus nunca faria nada que pudesse levar outra pessoa a menosprezar as obrigações normais da vida." (Barclay, Mateus Vol. 2, 170)
O mesmo verbo é usado em Mateus 18:6,7 com esse mesmo sentido.
O fato é que o mundo em que vivemos não é muito diferente do mundo romano. Aliás, é possível que o mundo romano tenha sido até pior do que o nosso, uma vez que os imperadores sempre foram implacáveis, imorais e perversos, e muitas de suas políticas se opunham aos princípios cristãos. Embora eu não esteja de acordo com a afirmação de Barclay de que Mateus foi escrito somente depois da destruição do templo de Jerusalém, quando o imposto do templo já havia sido substituído por outro destinado à manutenção de um templo pagão, o princípio que Jesus ensina aqui continua sendo válido: devemos, na medida em que for possível, viver em paz neste mundo. Todos os governos humanos terão políticas com as quais nós, por sermos cristãos, não podemos estar de acordo (por exemplo, na forma em que é usado o dinheiro vindo dos impostos. Mas Romanos 13 nos adverte que devemos pagá-los mesmo assim. Se a cada momento resistirmos, acabaremos nos tornando um obstáculo para o mundo e seremos vistos como pessoas que tentam fugir de seus deveres como cidadãos.
No entanto, se por um lado Jesus não teve nenhum problema com o pagamento de impostos, Ele também não tinha medo de "ofender" as autoridades ao denunciar sua hipocrisia por terem convertido a casa de Seu Pai num covil de ladrões. Suponho que a lição que devemos aprender é que devemos escolher por quais lutas vale a pena lutar. Na minha opinião, a coisa mais importante para a qual devemos lutar é a liberdade religiosa: o direito de adorar ao Senhor publicamente, de pregar a verdade da Palavra de Deus sem restrições e de compartilhar o evangelho com pessoas de todas as idades.
Semana 8 Dia 4
18:1-11
- O que motivou os discípulos a fazerem essa pergunta? Por que eles se importavam com quem seria o maior no céu?
- Era porque eles achavam que já tinham dado ou arriscado muito para seguir a Cristo?
- Era porque eles ainda tinham uma mentalidade mundana?
- Era por algum outro motivo?
- Foi então que Jesus proclamou enfaticamente: "a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus" (NVI-PT).
- O que significa a frase "se tornem como crianças"?
- Por que é necessário tornarmos como crianças para podermos entrar no reino dos céus?
- Como uma pessoa pode se tornar como uma criança? É fácil ou difícil fazer isso? Por quê?
- Os discípulos estavam perguntando quem era o maior; no entanto, Jesus lhes deu uma resposta dupla que explica quem pode entrar e quem é o maior no reino. Você acha que necessariamente deve haver uma pessoa que seja o maior no reino de Deus?
- Todos nós amamos as crianças. No entanto, porque Jesus nos deu a entender que na verdade é muito difícil para nós "receber um destes pequeninos"? O que significa "receber"? O que essa criança representa?
- Por que Jesus colocaria a ação de receber uma criança em contraposição com a de fazê-la pecar? Em que sentido a ação de não receber um crente poderia fazer alguém pecar?
- Você já fez alguém pecar? O que foi que você fez? Você poderia tê-lo evitado? Sua ação teve algo a ver com alguma atitude de "desprezo" com a qual você tratou esse "pequenino"?
- As analogias de perder uma mão, um pé e um olho fazem uso de um recurso literário chamado hipérbole: o uso do exagero para enfatizar um ponto. Com isso em mente, qual é o ponto principal dessas hipérboles? Como isso se aplica à sua vida hoje?
- Embora a Bíblia não ensine muito sobre anjos, que informação encontramos no versículo 10 sobre eles?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Fazer pecar os pequeninos
Eu antes concordava com aqueles que dizem que Jesus Cristo raramente suscitava Sua emoção, mas isso não é verdade. Basta dar uma olhada em Mateus 18:6 para ver um exemplos entre muitos.
"Mas se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar" (NVI-PT).
Estas me parecem ser palavras de profunda emoção que expressam exatamente o que Jesus quer dizer. Ele "odeia" aqueles que fazem os outros pecar, especialmente quando fazem pecar aqueles que acreditam Nele.
Como pastor, e talvez devido ao treinamento e à experiência que ganhei no mundo secular como executivo, tenho recebido elogios de vez em quando com relação às minhas habilidades administrativas. Mas nenhum foi mais assustador do que aquele que recebi de um empresário cristão que parecia também ser um cristão que amava muito a Deus. Pelo menos pude observar que ele compartilhava o evangelho com as pessoas na rua (ou seja, com quem não o conhecia muito bem) com muito entusiasmo.
Mas aqueles que o conheciam bem sabiam que a sua licença profissional tinha sido revogada em razão de sua má conduta profissional. Apesar disso, ele nunca desistiu de seu sonho de ser próspero e bem-sucedido, a qualquer preço.
Portanto, quando por meio de um contato comercial ele teve outra chance de ganhar muito dinheiro, ele fez planos para abrir o capital do seu novo empreendimento. Ele tinha observado como eu servia na igreja como ministro; também tinha orado e servido comigo em muitas ocasiões. Mas quando essa oportunidade única de "ganhar o mundo" apareceu, ele teve a ousadia de tentar me convencer a deixar o meu ministério evangélico para ser o seu diretor financeiro. Como pretexto, ele usava argumentos espirituais intermináveis, embora soubesse muito bem que Deus já me tinha chamado para um ministério evangélico de tempo integral. Com isso, eu fiquei triste e pensei em Balaque e Balaão. Por um lado, se ele tivesse conseguido me persuadir, eu teria que assumir a responsabilidade pela decisão tomada; no entanto, a pedra de moinho estaria pendurado no pescoço dele!
Por isso, eu também fiquei triste quando vi outro servo de Deus tentando persuadir um missionário a deixar uma posição missionária muito estratégica para receber uma posição executiva muito confortável. Talvez não fosse tão ruim quanto o caso de Balaque e Balaão, mas era tão diferente assim?
Semana 8 Dia 5
18:12-20
- Na vida real, por que um pastor estaria disposto a deixar noventa e nove ovelhas para procurar uma única ovelha perdida?
- Nesse sentido, qual seria a diferença entre um pastor humano e o nosso Pai celestial?
- O que esta parábola lhe ensina sobre aquelas pessoas por cuja salvação você tem orado?
Os vv. 15-20 nos ajudam a entender algumas verdades sobre a igreja: - De que tipo de pecado Jesus está falando?
- Quais são os três passos que são necessários para resolver o pecado?
- Por que esses três passos são necessários?
- Alguns manuscritos não incluem as palavras"contra você" para descrever o pecado. As três etapas ainda serão válidas mesmo se esse for o caso?
- O que a igreja deve fazer se a parte culpada não se arrepender, nem mesmo quando o pecado for comprovado com evidência? O que quer dizer tratar a pessoa como um "pagão ou publicano"? (vide 1 Coríntios 5:9-13.)
- Esse tratamento não seria áspero demais?
- Que tipo de poder Jesus outorgou à igreja com relação às seguintes questões?
- O aspecto negativo da disciplina eclesiástica
- O aspecto positivo das orações
Qual seria o fundamento daquilo que foi exposto acima?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Noventa e nove ovelhas
Para nos ajudar com a nossa reflexão, cada semana tentarei escolher um hino ou música que tem tocado a minha vida, assim como as vidas de milhares, senão milhões, de cristãos. Façamos uma pausa hoje para refletir sobre esta letra maravilhosa, escrita em 1868 por Elizabeth C. Clephane.
Noventa e nove ovelhas
- Noventa e nove ovelhas há, seguras no curral,
Mas uma longe se afastou do aprisco pastoral;
A errar nos montes de terror, distante do fiel Pastor,
Distante do fiel Pastor. - "Com tantas outras, bom Pastor, não Te contestarás?"
"A errante é Minha", replicou, "pertence-Me a fugaz.
Vou ao deserto procurar a ovelha que ouço em dor balar,
A ovelha que ouço em dor balar." - Nenhum remido imaginou quão negra escuridão,
Quão fundas águas que passou, trazendo a salvação.
E quando foi pra socorrer, a errante estava a perecer,
A errante estava a perecer. - "Por toda a estrada donde vens, que sangue enxergo ali?"
"Busquei a ovelha com dolor, o sangue Meu verti."
"Ferida vejo a tua mão." "A angústia encheu-Me o coração,
A angústia encheu-Me o coração." - Vêm de montanha aclamações! É a voz do bom Pastor!
Ressoa em notas triunfais o salmo vencedor!
E os anjos cantam lá nos Céus: "A errante já voltou a Deus,
A errante já voltou a Deus!"
https://musicaeadoracao.com.br/35301/historias-de-hinos-do-hinario-adventista-099/
Sankey viu essas palavras num jornal britânico durante uma turnê evangelística pela Escócia com Dwight Moody. Ele arrancou o poema do jornal, colocou-o no bolso e logo se esqueceu dele. Mais tarde naquele mesmo dia, no final de um culto em Edimburgo, Moody pediu para Sankey cantar uma música para encerrar o evento. Isso o pegou de surpresa, mas naquele momento o Espírito Santo o lembrou do poema que estava no seu bolso. Ele o tirou, fez uma oração e logo compôs uma melodia enquanto cantava. Foi assim que nasceu o hino "Noventa e nove ovelhas".
Há muitos anos, havia um homem descrente que morava em Northfield [Massachusetts]. Um dia, enquanto todos os vizinhos estavam reunidos na igreja e ele estava sentado sozinho em casa, este homem se sentiu insatisfeito consigo mesmo e com o mundo em geral. Foi então que ele ouviu o Sr. Sankey cantar "Noventa e nove ovelhas"; havia algo no hino do qual ele não conseguia escapar. A melodia soou em seus ouvidos, e os pensamentos sobre a ovelha perdida o perseguiram ao longo daquela noite, e na seguinte noite e durante todo o dia seguinte, até a noite, quando ele não os suportava mais. Ele foi à reunião e voltou um homem salvo.
Alguns anos mais tarde, esse homem adoeceu. Certo dia ele disse à sua esposa: "Abra a janela; alguém está cantando 'Noventa e nove ovelhas'. Ele escutou atentamente até que as últimas notas do hino se extinguissem; depois, virando-se da janela, disse: "Estou morrendo, mas está bem; eu estou pronto. Nunca mais ouvirei 'Noventa e nove ovelhas' nesta terra, mas estou feliz por tê-lo ouvido hoje mais uma vez."
(Fonte: Cyberhymnal.com)
Semana 8 Dia 6
18:21-35
- Qual foi a resposta de Pedro ao ensinamento de Jesus sobre o procedimento que se deve seguir quando alguém peca contra você? Por que ele fez essa pergunta?
- É óbvio que Jesus nunca se contradiz. No entanto, sua resposta no versículo 22 não parece ser uma contradição dos três passos para lidar com o pecado que Ele acabava de ensinar? Portanto, quando alguém pecar contra nós, devemos iniciar imediatamente o procedimento dos três passos ou o procedimento de perdoar setenta e sete (quer dizer, ilimitadas) vezes?
- Com respeito à aplicação deste princípio à sua vida, quão apropriada é a analogia do primeiro servo e seu mestre?
- Por que esse primeiro servo ousou tratar seu conservo assim? Com que argumentos ele talvez tenha tentado justificar o seu comportamento?
- Com que argumentos você talvez esteja tentando justificar o rancor que você guarda contra outra pessoa?
- Por que o senhor teria tratado tão asperamente o servo que não perdoou o seu conservo? Esse servo mereceu o castigo que recebeu? Por quê?
- Por que Jesus enfatizou o perdão que vem do "coração"? Quando é que o perdão não vem do coração? Quando é que o perdão vem do coração?
- Em que circunstâncias pode ser difícil para você pôr em prática essa verdade? O que você deve fazer nessas circunstâncias?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Perdão - o Caminho do Amor
A maioria de nós adora ler os poemas curtos de Amy Carmichael, e talvez seja apropriado lembrarmos das circunstâncias nas quais ela escreveu o poema "Se":
"Certa noite, um colega de trabalho me contou sobre o problema de um jovem que não estava acertando o caminho do Amor. Quase não dormi naquela noite, uma vez que as palavras que sempre me vêm à mente em tais momentos são: 'Porventura sou eu, Senhor? Eu Lhe tenho falhado em alguma área? O que conheço do Amor do Calvário?'. Foi então que, uma por uma, as frases vieram à mente. Todas elas começavam com a palavra 'se', e era quase como se alguém estivesse falando em voz alta no meu ouvido interno.
"Na manhã seguinte, eu as compartilhei com outra pessoa (eu as tinha escrito com lápis durante a noite) e depois com mais algumas. Mais tarde, alguns exemplares foram impressos em nossa pequena impressora manual para uso exclusivo da Comunidade; foi assim que este folheto chegou a existir.
"No início, quando outros nos pediam uma cópia, pensávamos, 'não, é privado demais para divulgar assim. No entanto, se serviria para ajudar alguém a entender o que realmente significa viver uma vida de amor, e ajudá-lo a viver essa vida, não cabe a nós negá-lo…'
"E se algum seguidor genuíno ficar perturbado com a frase que diz 'então não conheço nada', eu lhe direi que foi assim que o pensamento veio à minha mente e eu teria medo de enfraquecê-lo. Mas também nisso, como em todas as coisas, a letra mata. São Paulo considerava que a perda de todas as coisas não seria nada se ele pudesse conhecer Aquele que ele já conhecia; e a alma que de repente for iluminada por alguma irradiação fresca de conhecimento do amor de Deus que foi manifestado no Calvário não tentará medir o muito ou pouco que já conhecia desse amor. Penetrado, derretido, quebrado por aquela visão de amor, ela sente que de fato tudo o que antes conhecia era nada, e menos do que nada."Si le echo en cara a otro un pecado confesado, arrepentido y abandonado, y permito que el recuerdo de ese pecado afecte mis pensamientos y alimente mis sospechas, entonces no conozco nada del Amor del Calvario.
Si puedo lastimar a otro al hablar fielmente, sin preparar mi espíritu y sin lastimarme a mí mismo mucho más de lo que lastimo a ese otro, entonces no conozco nada del amor del Calvario.
Si menosprecio a aquellos a quienes fui llamado a servir, si hablo de sus puntos débiles, quizás al contrastarlos con lo que yo considero que sean mis puntos fuertes; si adopto una actitud altiva, olvidándome de las palabras
"Quién te distingue?
¿Qué tienes que no recibiste?",
entonces no conozco nada del amor del Calvario.
(Trechos de "El Amor del Calvario", edição em espanhola)
Por Amy Carmichael
Semana 8 Dia 7
19:1-12
Na época de Jesus, os judeus (quer dizer, os rabinos) tinham adotado como lei o que se chamava o "divórcio por qualquer causa" (Instone-Brewer, Divórcio, p.55), um conceito inventado pelo Rabino Hillel. Embora alguns judeus o considerassem incompatível com a Lei de Moisés, parece que eles eram uma minoria. Ambas as facções permitiram o divórcio, mas Hillel praticamente dava aos homens o direito de se divorciarem de suas esposas arbitrariamente. Parece que os fariseus estavam testando Jesus, talvez esperando que Ele se tomasse o lado da facção mais conservadora.
- Se isso de fato foi o caso, você acha que eles foram bem-sucedidos? Por que ou por que não? Qual era o seu problema com relação à questão do divórcio, apesar de que queriam que a lei fosse mais rígida?
- Em que sentido a frase "os dois se tornarão uma só carne" reflete a intenção original de Deus para a criação do homem como macho e fêmea?
- O que significa a frase "não separe o homem" (ARC) e como ela serve de base para o argumento que Jesus usa no v. 9?
- Como foi a reação dos discípulos? Que tipo de mentalidade secular é evidente em sua reação?
- Como, então, devemos pensar sobre os "casamentos" e "divórcios" que ocorrem nos nossos dias?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
A cultura do divórcio
Instone-Brewer se esforçou muito em suas pesquisas sobre a cultura do divórcio que existia na época de Jesus. Embora eu não necessariamente esteja de acordo com todas as suas interpretações da passagem sobre o divórcio em Mateus 19, suas observações têm enriquecido a minha compreensão do intercâmbio verbal entre Jesus e os fariseus sobre o assunto.
Uma dessas observações é o fato de a cultura popular que havia entre os judeus da época com relação ao divórcio não ter sido marcada pela adesão à Lei de Moisés, mas pela adoção como lei da perspectiva do "divórcio por qualquer causa" defendido pelo Rabino Hillel. De acordo com essa lei, um homem judeu podia se divorciar de sua esposa sem precisar dar nenhuma razão, mas a mulher não tinha o mesmo direito. É curioso notar que alguns dos fariseus tiveram a decência de tentar reverter essa tendência, e podemos presumir que estes, embora também estivessem testando Jesus, esperavam que Ele adotasse uma postura mais conservadora. No entanto, o que eles receberam foi além do que esperavam, porque Jesus adotou uma postura muito mais restritiva do que a da Lei de Moisés. Em essência, o que Jesus estava dizendo era que uma vez casado, o casal é inseparável, salvo no caso do adultério.
O que me fascina é a resposta dos discípulos:"Se esta é a situação entre o homem e sua mulher, é melhor não casar" (NVI-PT). (Mat. 19:10). Os discípulos não estavam dizendo que não valia a pena casar se o casamento pudesse levar a tamanha infelicidade, mas que se o divórcio não for possível, seria melhor nem casar. Esse é um exemplo típico de como pessoas piedosas, como eram os discípulos, podem ser tão influenciadas pela cultura secular sem perceber. E o que eles disseram capta o espírito não só da sua própria época, mas também da nossa. As pessoas se casam atualmente sem considerar o casamento como um compromisso para a vida toda, mas como algo que é conveniente somente quando serve aos seus propósitos. Por isso deve haver uma "cláusula de escape", sem a qual eles nunca estarão preparados para entrar num "sagrado matrimônio". É por isso que o acordo pré-nupcial está tão de moda, até mesmo entre alguns cristãos.
No entanto, o ensinamento de Jesus é claro, "não separe o homem" (ARC) e, desta vez, estou de acordo com algumas das traduções mais recentes, "não separe nem o homem nem a mulher".
Semana 9 Dia 1
19:13-15
- Por que estas pessoas sentiram a necessidade de levar as crianças a Jesus para Ele orar por eles? O que eles estavam pensando?
- Os discípulos tinham alguma razão válida para rejeitarem as crianças? Imagine que você fosse um dos discípulos. Você teria feito a mesma coisa?
- Por que Jesus tomaria o tempo para orar pelas crianças apesar de estar muito ocupado? O que Ele teria orado pelas crianças?
- Qual é o requisito para quem quiser entrar no reino de Deus? (vide João 3:16.) O que isso tem a ver com as crianças? Em que sentido ser como uma criança define a essência da "fé salvadora"?
- Ao "lhes impor as mãos e orar", Jesus estava tentndo ensinar alguma coisa específica, ou estava realizando um ato em essência?
- Como você deve tratar as crianças, especialmente aquelas que estão na igreja?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Ser como crianças
Ao refletir sobre a ação de Jesus de abençoar as crianças em Mateus 19, assim como Seu lembrete de que "dos tais é o Reino dos céus", eu imediatamente me lembrei das duas histórias abaixo.
A primeira é uma história que você provavelmente já ouviu contada em várias versões e de cuja autenticidade às vezes duvido. Apesar disso, sua mensagem é uma que devemos ouvir uma e outra vez. A versão que ouvi pela primeira vez há muitos anos foi contada no contexto da Europa da época pós-guerra. Um soldado americano andava pelas ruas de uma cidade que tinha sido devastada pela guerra. Ele foi a uma padaria para comprar pão. Enquanto olhava pela vitrine da loja, ele viu um garotinho cujo rosto estava contra a vitrine e que olhava para o pão que estava em exposição. Era óbvio que o garoto estava com muita fome mas não tinha dinheiro. O soldado ficou comovido com sua situação e, ao sair da padaria, ofereceu-lhe o seu pão. O menino ficou surpreso com este ato inesperado de generosidade e compaixão. Ele olhou para o soldado e perguntou: "Senhor, você é Jesus?".
A segunda é uma história que minha mãe me contou certo dia quando ela voltou do mercado. Ela me disse que estava prestes a comprar algumas laranjas de uma senhora no mercado, onde havia uma placa que dizia claramente que as laranjas eram da marca Sunkist; no entanto, minha mãe não tinha achado o logotipo Sunkist em nenhuma das laranjas. Por isso, ela perguntou ao comerciante por que as laranjas não tinham o logotipo da Sunkist, mas antes que o dono da mercearia pudesse responder, sua filha falou rapidamente: "Sim, senhora, são laranjas Sunkist. É minha culpa porque esqueci de carimbá-los com o logotipo".
Semana 9 Dia 2
19:16-22
- As passagens paralelas nos outros evangelhos sinópticos nos ajudam a entender que este homem era jovem e rico, e também um governante. Baseado no que ele perguntou para Jesús e na forma em que ele o perguntou (quer dizer, as ações que a acompanharam), ¿como você descreveria o seu caráter, e qual você espera que seja o resultado de sua busca sincera pela vida eterna?
- Por que as pessoas (incluindo budistas, católicos e mórmons) sempre relacionam as boas obras com a vida eterna?
- Qual era o objetivo de Jesus ao salientar que "Não há bom, senão um só que é Deus" (NVI-PT)?
- Depois de dizer "obedeça aos mandamentos", por que Jesus citou apenas os últimos seis dos Dez Mandamentos (vide Êxodo 20)?
- Você acha que o homem estava falando a verdade quando respondeu que tudo isso ele tinha obedecido? Por quê? (De acordo com Marcos 10:21 qual foi a reação emocional imediata de Jesus ao ouvir essa resposta.)
- Uma vez que parecia que o homem sinceramente pensava ter obedecido esses seis mandamentos, por que ele perguntou: "O que me falta ainda?"? Se você realmente pudesse guardar esses seis mandamentos, sentiria que ainda faltava algo?
- O que significa "ser perfeito"? (Vide Mateus 5:48)
- Qual era a "coisa" que faltava com relação a possuir a vida eterna, e o que essa coisa implicava? Tinha algo a ver com os primeiros quatro mandamentos, sobre os quais Jesus (ainda) não o havia questionado?
- Em seus encontros com outras pessoas, Jesus nem sempre as pediu que O seguissem fisicamente (um exemplo disso é Zaqueu). Essas pessoas continuavam sendo Seus discípulos embora não O estivessem seguindo fisicamente, como faziam os Doze. Mas aqui Jesus pediu ao homem que O seguisse, algo que teria exigido que ele deixasse tudo o que tinha (como tinham feito os Doze). O que isso lhe ensina sobre o significado de ser um discípulo de Jesus Cristo?
- Por que o jovem se afastou triste? Ele estava triste com relação a quê?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Herdar a vida eterna
Não muito tempo atrás estava lendo uma das principais revistas católicas, onde encontrei um artigo de um proeminente teólogo católico que zombava da ênfase de Calvino na salvação pela fé, e não pelas obras. Esse autor afirmava que era inquestionável que Jesus, nos vários relatos do evangelho, pregava a salvação pelas obras. Uma das passagens que ele citou para apoiar o seu argumento foi a do jovem rico em Mateus 19. Nessa passágem, Jesus diz: "Se você quer entrar na vida, obedeça aos mandamentos" (NVI-PT) (19:17). Este teólogo considera que sua interpretação é confirmada pelo mandamento que Jesus deu ao homem de vender todos os seus bens, dá-los aos pobres e depois segui-Lo.
No entanto, é bastante evidente que a afirmação da igreja católica de que a salvação é pelas obras contradiz o ensinamento claro de Paulo de que a salvação é pela graça por meio da fé (Efésios 2:8-9) e a compreensão claramente expressa por Tiago de que quando violamos uma lei, violamos todas as leis (Tiago 2:10).
A história do jovem governante rico mostra claramente que não importa o quão bom tenha sido este jovem – ele pode até realmente ter guardado os últimos 6 mandamentos sobre os quais Jesus lhe perguntou – sua alma sincera sabia que isso não era suficiente. Ele sabia sinceramente que algo estava faltando. Portanto, é evidente que em 19:17 Jesus estava simplesmente repetindo o que o jovem já cria, ou seja, que se ele guardasse os mandamentos, entraria na vida eterna. No entanto, ele tinha descoberto que isso não era certo, uma vez que honestamente acreditava ter guardado os mandamentos.
À medida que a história se desenvolve, o jovem começa a entender as seguintes verdades:
- O único caminho que leva à vida eterna é seguir Jesus
- Para seguir Jesus, é preciso amá-Lo mais do que a qualquer outra pessoa ou coisa; Disso tratam os primeiros quatro dos Dez Mandamentos, sobre os quais Jesus não lhe havia perguntado (ou antes, Ele "perguntou" sobre eles quando lhe pediu que vendesse tudo para segui-Lo).
Como parte de seu argumento em favor da noção católica de salvação pelas obras, Reno (outro intelectual católico proeminente) argumenta que
"a crítica de Paulo à lei de Moisés deve ser entendida como parte de sua afirmação mais ampla sobre o seu cumprimento em Cristo". (First Things, janeiro de 2012, p. 38)
e que as leis do Antigo Testamento não foram suficientemente longe e que devemos complementá-las obedecendo e ouvindo os mandamentos de Cristo. Mas o fato continua sendo que ninguém consegue obedecer à lei por si só; não importa se for a lei de Moisés ou a de Cristo. É só quando colocamos nossa fé em nosso Cristo ressuscitado e em Seus méritos na Cruz, e somente então, que podemos receber o poder de obedecer a Cristo e Seus mandamentos. Não podemos colocar a carroça antes dos bois, a carroça representa as obras, e os bois a fé em Cristo que nos dá a vida eterna.
De acordo com o relato de Marcos sobre esse jovem, a pergunta que ele fez foi esta: "Que farei para heredar a vida eterna?" (Mc. 10:17). Essa pergunta já revela que este homem entendia que a vida eterna é algo que só se obtém por herança. E ninguém pode trabalhar para receber uma herança, uma vez que ela se baseia num relacionamento. Tanto no Antigo Testamento como em qualquer outro cultura, somente os filhos recebem a herança, ninguém se candidata para recebê-la.
"Contudo, aos que o receberam (isto é, Jesus Cristo), aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus". (NVI-PT) (João 1:12)
Semana 9 Dia 3
19:23-30
- Por que Jesus usou a imagem de um camelo que tenta passar pelo fundo de uma agulha para descrever a dificuldade que uma pessoa rica tem para entrar no reino? Será que esta comparação não é muito exagerada? Ou é uma fiel representação da realidade? Quais são algumas características especiais das riquezas que poderiam impedir a entrada de uma pessoa no reino? Considere as perguntas acima ao refletir sobre o caso do jovem governante.
- Por que a resposta dos discípulos não foi "Neste caso, nenhum rico pode ser salvo", mas "quem pode ser salvo?"? Embora possamos supor que Jesus só se referia aos ricos, os discípulos entenderam que eles também eram como esses ricos. Em que sentido eles podem ser como os ricos quando se trata de entrar no reino de Deus?
- A pergunta ainda mais importante é esta: a riqueza continua sendo um obstáculo para você? Examine-se honestamente.
- Uma vez que as riquezas são um obstáculo tão importante no caminho do Reino, o que quer dizer a afirmação "mas para Deus todas as coisas são possíveis"? O que Deus poderia fazer para nos ajudar a ser salvos?
- Por que Pedro chamou a atenção de Jesus para o fato de que os discípulos haviam deixado tudo para segui-Lo? Que resposta ele esperava de Jesus? Ele obteve a resposta que desejava? Por quê?
- Acho que todos concordamos que receberemos as nossas recompensas no céu, mas Marcos 10:30 diz que a recompensa de cem vezes mais é algo que recebemos na era atual. Uma vez que é óbvio que Jesus não mente, o que Ele quis dizer com essa afirmação?
- À luz disso, que seria o "tesouro nos céus"? Jesus o estava usando como uma "motivação" para o jovem. Funcionou? E você? Isso significa alguma coisa para você? Por que ou por que não?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
O poder das riquezas
Ao ler a reação dos discípulos diante da hipérbole do camelo e o fundo de uma agulha usada por Jesus sobre como é difícil para um homem rico entrar no reino dos céus, acho que a resposta dos discípulos é bastante surpreendente. Em vez de dizer, "que homem rico pode ser salvo?", eles disseram "quem pode ser salvo?".
A maioria dos discípulos era de origem humilde, e todos haviam renunciado tudo para seguir Jesus; apesar disso, eles responderam à hipérbole de Jesus sobre os ricos com a pergunta "Quem pode ser salvo?" Essa pergunta reflete sua honestidade, uma vez que compreendiam que as riquezas são um poderoso obstáculo que impede tanto ricos quanto pobres de entrarem no reino dos céus. Eles entenderam muito bem a verdade de que "onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração" (NVI-PT).
Para os ricos, o problema é óbvio: o jovem rico afastou-se triste precisamente porque as riquezas tinham se convertido em sua segurança, sua confiança e, portanto, seu deus!
Mas as riquezas também são um grande problema para aqueles que podemos descrever como sendo de "classe média", no sentido de que, apesar de que não sejam ricos, o seu desejo de ser rico, de ganhar mais, de acumular mais e de desfrutar mais, pode ainda ser um amor tão forte que supera o seu amor por Deus. Talvez esse tipo de amor pelas riquezas não seja tão óbvio, e para revelar quem realmente é o Deus dessa pessoa são necessárias provas como a perda repentina de uma fortuna, ou de um emprego, ou de uma chance rara de ganhar milhões apesar dos conflitos que possa gerar na vida familiar, na vida da igreja ou com os princípios bíblicos.
Talvez pensemos que os pobres certamente não têm nenhuma dificuldade quando se trata de riquezas. No entanto, tenho encontrado muitas pessoas pobres que estão amarguradas com a sociedade e com Deus, que pensam que o mundo lhes deve as riquezas que pensam que nunca terão. Eles têm inveja daqueles cuja situação econômica é melhor, e embora talvez para eles não seja possível experimentar uma melhora financeira, eles ficariam muito felizes em ver mais pessoas se tornarem como eles. Mas nem todos os pobres são assim. Algumas pessoas pobres possuem integridade e dignidade, e nunca permitiriam que a pobreza definisse a sua identidade. Quando eu era criança e estudava em uma escola primária frequentada por crianças que viviam como invasores num morro próximo à escola, encontrava muitos pais pobres que tinham essa mentalidade.
No entanto, a amargura e a inveja dos primeiros são evidências de que as riquezas são um deus que eles gostariam de possuir, apesar de sua pobreza.
Eu acho que essa é a compreensão profunda que os discípulos tiveram – quer dizer, todos menos Judas, cuja pobreza o levou a trair o Senhor Jesus Cristo.
Semana 9 Dia 4
20:1-16
Contexto: É importante notar que esta mensagem específica de Jesus começa no versículo 19:30 e termina no versículo 20:16 (sendo indicada pela repetição da frase 'muitos primeiros serão últimos, e muitos últimos serão primeiros'), e também que se trata de uma resposta mais extensa à pergunta que Pedro tinha feito em 19:27.
- Considere novamente suas reflexões sobre qual é a essência da pergunta de Pedro no v. 19:27.
- Na parábola, qual é o ponto de discórdia entre os trabalhadores que foram contratados primeiro? Quão semelhante era sua atitude à de Pedro?
- Quando Pedro disse "Nós deixamos tudo", o que representava a palavra "tudo", no caso dos discípulos? (Vide 19:29.)
- Qual poderia ser a diferença entre os doze e outros discípulos de Jesus, como Zaqueu?
- Pedro esperava uma recompensa maior por causa de seu maior sacrifício?
- Em que sentido esta parábola é uma resposta à pergunta de Pedro?
- O conceito que os primerios trabalhadores (como Pedro) tinham da justiça no Reino dos Céus omitia algo. O que eles tinham esquecido? (vide Efésios 2:8-9. Se cada um de nós realmente recebesse o que merece, o que receberíamos?)
- Existe alguma recompensa no céu maior do que a vida eterna?
- De quem foi a culpa o fato de alguns dos trabalhadores terem sido contratados após os primeiros? (vide 20:7)
- O versículo 8 descreve como os trabalhadores da parábola recebem o seu pagamento, começando com os últimos contratados. Realmente importa quem recebe seu pagamento primeiro e quem o recebe por último?
- À luz disso, o que significam as palavras "primeiro" e "último" nesta parábola, com relação aos seguintes aspectos?
- Seu status
- Sua recompensa
- A hora em que foram contratados
- Quais sacrifícaram mais
- O momento em que receberam sua recompensa
- Alguma consideração não mencionada acima
- Realmente existem os conceitos de "primeiro" e "último" no Reino dos Céus?
- Portanto, qual é a mensagem essencial desta parábola e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Ai de mim!
É um fato bem conhecido que na maioria das igrejas (ou talvez deva dizer em todas as igrejas) 20% das pessoas realizam 80% dos ministérios da igreja. Muitos desses servidores são multitarefas. Tenho visto que, como consequência dessa situação, é muito comum encontrar nas igrejas a síndrome "ai de mim".
Você certamente já se deparou com esse tipo de pessoa (ou talvez você até seja uma delas). Estas são pessoas que amam muito a Deus e têm uma paixão por servir. Muitas delas, embora tenham seus próprios filhos em casa, estão tão envolvidos no ministério que passam mais tempo na igreja do que em suas próprias casas. Além de serem chefes de conselhos, líderes de projetos, professores de escola dominical e líderes de estudos bíblicos, elas também cuidam dos outros de forma sacrificial. Mas apesar de tudo isso, elas não são pessoas alegres. Suas bocas estão cheias de reclamações e críticas. Também é evidente que elas realmente não têm um tempo devocional significativo e consistente com o Senhor. Sua reclamação é sempre que "ninguém liga". Eles acham que são os únicos.
Como no caso de Elias, a melhor cura para essa condição é fugir e descansar, mas realmente descansar, a fim de estar a sós com o Senhor para ouvir a delicada voz de Deus. Aliás, na verdade, a voz do Senhor pode não ser tão delicada, só que nós enchemos as nossas vidas com tanta agitação e amargura que não conseguimos ouvir a voz clara de Deus. É assim que nós a tornamos delicada.
A Bíblia diz que "Deus ama quem dá com alegria" (2 Cor. 9:7), e acho que isso se aplica não só ao dinheiro, mas também ao nosso tempo e esforço, e, sem dúvida a nós mesmos.
Semana 9 Dia 5
20:17-28
- Nesta passagem, Jesus prediz a Sua morte e ressurreição novamente, mas agora com os seguintes novos detalhes:
- "será entregue" aos chefes dos sacerdotes e aos mestres da lei
- "o condenarão" à morte
- "o entregarão" aos gentios
- "para que zombem dele", "o açoitem" e "o crucifiquem"
- mas depois ele ressuscitará
Imagine que você fosse um dos discípulos. Quais dos detalhes incluídos desta vez seriam novos para você (vide 16:21 e 17:22-33)? Qual deles teria sobrecarregado mais seu coração?
- Qual era o objetivo de Jesus ao compartilhar esses detalhes? Que reação Ele esperava obter dos discípulos ao contar-lhes sobre Sua "morte" e "ressurreição" iminentes?
- Que tipo de reação Ele obteve dos discípulos?
- Por mais ridícula que tenha sidoa reação deles, você consegue identificar nela algo positivo?
- A mãe de Tiago e João, os filhos de Zebedeu, foi uma das discípulas fiéis de Jesus que O seguiram até o pé da cruz (Mateus 27:56). De quem foi a ideia de fazer essa pergunta, da mãe ou de seus filhos (quantos anos eles teriam)?
- Quem deveria assumir a responsabilidade por tal ação (observe sua resposta no v. 22)?
- O que foi que eles pediram? O que os levou a fazer esse pedido? Por que isso era importante para eles?
- Em que sentido podemos dizer que eles não sabiam o que estavam pedindo?
- Por que eles teriam respondido: "Podemos" à pergunta de Jesus no v. 22?
- Eles realmente podiam fazer isso? Por que ou por que não?
- "Certamente vocês beberão do meu cálice" (NVI-PT). Estas palavras se aplicam somente a esses dois, ou também a todos os discípulos de Jesus, incluindo nós? (vide João 15:20.)
- Qual foi a reação dos outros discípulos? Eles tinham razão? É possível justificar a reação deles, ou simplesmente mostra que eles não eram melhores do que os outros dois? Por quê?
- Qual era a diferença fundamental (conforme destacado por Jesus) entre o reino secular e o reino de Deus? Por que é necessária essa diferença?
- Alguém deve procurar ser um servo no reino de Deus com o propósito de se tornar grande? Qual é o problema com essa atitude?
- À luz disso, qual deve ser nossa atitude como membros do reino de Deus?
- Jesus pede a todos nós que sigamos o Seu exemplo, mas poucos serão obrigados a sacrificar a própria vida. Portanto, como podemos fazer do exemplo de Cristo uma realidade em nossas vidas?
- Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Quando contemplo a rude cruz
Ao refletirmos sobre o orgulho e o espírito competitivo dos discípulos que aparece em Mateus 20, talvez seja apropriado meditar sobre a letra do seguinte hino de Isaac Watts, fazendo de seus versos a nossa própria oração. (Observe que a quinta estrofe, embora tenha sido escrita por Watts, nunca foi incluída em versões impressas do hino.)
Ao contemplar a rude cruz
- Ao contemplar a rude cruz em que por mim morreu Jesus,
minha vaidade e presunção eu abandono em contrição. - Em nada quero me gloriar, salvo na cruz de dor sim par.
Humilde, sacrificarei tudo que desagrada ao Rei. - De sua fronte, pés e mãos vem um amor que faz irmãos.
Unem-se nele dor e amor, a coroar o Redentor. - Se eu fosse o mundo lhe ofertar, ele o iria desprezar;
seu grande amor vem requerer minha alma, a vida e todo o ser.
Isaac Watt (1674-1748)
Semana 9 Dia 6
20:29-34
- O que você sabe sobre o que implicava ser cego nos dias de Jesus?
- Essa multidão já tinha visto Jesus fazer milagres? Será que eles não queriam ver mais milagres? Por que eles foram tão ásperos ao tentar forçar os cegos a ficarem quietos? Que lição podemos aprender desta multidão?
- A pergunta que Jesus fez aos cegos foi supérflua? Porque não?
- Qual seria a sua resposta se Jesus lhe perguntasse hoje: "O que você quer que eu lhe faça?" (Reserve um tempo para pensar sobre sua resposta.)
- Você esperaria que o seu pedido fosse atendido? Por que ou por que não?
- Por que estes dois cegos são tão especiais?
- Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Reflexão Meditativa
Antes era cego, mas agora vejo
Embora Jesus tivesse curado muitos cegos, estes dois cegos de Jericó eram especiais; eles não só foram curados, mas também "o seguiram". Isso significa que eles teriam seguido Jesus a Jerusalém, e seus olhos recém-abertos teriam testemunhado todo o drama da última semana da Paixão de Cristo. Eles teriam visto quando as multidões se viraram contra Jesus, quando os líderes conspiraram e executaram os seus planos malvados, quando Pilatos cedeu à pressão do povo, quando os soldados romanos zombaram de Jesus e O açoitaram, e, finalmente, quando Jesus foi condenado e cravado na cruz. Como esses dois novos seguidores de Cristo teriam se sentido? Não é certo que eles teriam ficado chocados, com raiva ou pelo menos perplexos? No entanto, uma coisa que só eles teriam experimentado era o fato de que antes eram cegos e agora podiam ver. Por mais confuso que tudo parecesse, eles não podiam negar que Jesus tinha realizado esse milagre em suas vidas.
Muitos novos cristãos enfrentam desafios semelhantes a esses. Eu cheguei a Cristo com um zelo e fervor que me levou a um rápido crescimento em Cristo e na igreja. Mas depois que essa emoção inicial se acalmou, comecei a duvidar se o que acreditava realmente era verdade. De fato, os sentimentos vêm e vão, e se fizermos deles o alicerce da nossa fé, não poderíamos estar construindo num solo mais instável. Em última análise, nossa fé é baseada na imutável Palavra de Deus nas Escrituras. No entanto, o Espírito Santo, que habita em nosso espírito como consequência de nossa fé em Cristo, "testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus" (NVI-PT) (Rom. 8:16). Além disso, qualquer crente verdadeiro já teve a experiência inegável de ter passado por uma transformação interior, semelhante ao que acontece quando alguém conclui com sucesso um programa de dieta; nós temos uma história para contar que pode ser dividido num "antes" e um "depois" bem definidos. Este tríplice testemunho, o da Palavra de Deus, o testemunho interior do Espírito Santo e nosso testemunho pessoal de termos sido transformados, nos dá uma garantia poderosa de nossa salvação; não importa o que possa dizer o mundo ao nosso redor.